Recuperada e bem adaptada à prótese, Marisol aguarda por um novo lar

Por Stephany Foscarini

A primeira cadelinha da região dos Vales a receber uma prótese para substituição de um membro recebeu alta médica e até já poderia estar em casa, não fosse por um detalhe: Marisol ainda não tem um lar. Passados pouco mais de 90 dias da cirurgia de implante, ela está bem recuperada e desde o final de fevereiro aguarda por interessados em adotá-la. Marisol está no Centro Veterinário Waslawick, clínica que possui convênio com a prefeitura para atendimento de casos de urgência e emergência de animais resgatados pelo Canil Municipal.

Depois de ter sido encontrada abandonada no Loteamento Viver Bem, em setembro do ano passado, com a pata traseira amputada em razão de uma gangrena provocada por uma corda que estrangulou seu membro, e após uma maratona que envolveu controle de infecção, cirurgia, mil e um procedimentos de pré e pós-operatório, além de fisioterapia para reforço muscular e adaptação à prótese, Marisol finalmente recebeu alta médica.

Os principais cuidados agora são em relação à prótese mesmo, limpeza, revisão dos ajustes de altura e conexão ao pino de titânio, mas nada muito difícil não. Também é importante que ela faça visitas regulares ao veterinário para acompanhamento do implante”.

De acordo com o veterinário responsável pelo Canil Municipal, Tiago Marques, a cadelinha já está totalmente adaptada à prótese, se movimenta com desenvoltura, não estranha mais a presença do artefato e nem precisa de medicação. “Os principais cuidados agora são em relação à prótese mesmo, limpeza, revisão dos ajustes de altura e conexão ao pino de titânio, mas nada muito difícil não. Também é importante que ela faça visitas regulares ao veterinário para acompanhamento do implante”, explicou.

Para que a operação fosse possível, a equipe do Centro Veterinário Waslawik promoveu uma campanha e com a colaboração de pessoas físicas e ONGs conseguiu metade dos R$ 4 mil necessários para custear os gastos com a confecção da prótese, produzida por uma empresa especializada no ramo e adaptada exclusivamente para a Marisol.
A prefeitura efetuou o pagamento de cerca de R$ 800,00 referentes à esterilização, procedimento cirúrgico, captura e transporte, vacinação e vermifugação.

Tiago lembra que desde o início, tudo foi um grande desafio. “Até a Marisol estar apta para o procedimento cirúrgico, percorreu-se um longo caminho”, disse. Conforme detalhou, primeiro foi preciso conter a infecção na região do membro amputado, o que poderia comprometer de forma severa a cirurgia e, após a melhora de sua condição clínica, começaram os estudos, análises, medições, testes e fabricação da endoexoprótese, constituída de dois dispositivos: um pino feito de titânio, introduzido dentro do osso e outro feito em polímero plástico ultrarresistente, impresso em 3D, que substituiu a parte amputada. A cirurgia correu bem e envolveu especialista em ortopedia canina, cirurgião geral veterinário, anestesiologista veterinário e equipe de apoio.

Ela apresenta um andar muito próximo do de um cão sem prótese e saudável, tem total liberdade de movimentos e não estranha a presença do artefato”.

No pós-cirúrgico, segundo Tiago, a possibilidade de rejeição por parte do organismo era alta, bem como de não adaptação psicológica. Com uma semana de pós-operatório, com controle da dor e uso de antibióticos, mais as sessões de fisioterapia diárias, Marisol já quis apoiar o membro no solo e três meses depois da cirurgia, recuperou a musculatura e tem um apoio muito bom. “Ela apresenta um andar muito próximo do de um cão sem prótese e saudável, tem total liberdade de movimentos e não estranha a presença do artefato”, explicou.

Nota-se que muitas pessoas ainda têm um certo receio em adotar animais especiais, principalmente pela atenção e cuidados que eles requerem. Mas estamos confiantes que surjam possíveis adotantes”.

Com a alta da Marisol, a expectativa agora é que surjam candidatos para a adoção. “Nota-se que muitas pessoas ainda têm um certo receio em adotar animais especiais, principalmente pela atenção e cuidados que eles requerem. Mas estamos confiantes que surjam possíveis adotantes”, observou.

Quem tiver a sorte de levar a Marisol para casa pode ficar tranquilo, não terá tanto trabalho no início e poderá se concentrar em dar a ela muito amor e carinho. Recuperada e totalmente adaptada à prótese, ela já foi submetida à esterilização, microchipagem e testagem para Leishmaniose, com resultado negativo. A cachorrinha também já está vacinada contra a raiva e outras doenças infecciosas, vermifugada e com controle de ectoparasitas.

Para adotar

Pessoas interessadas em adotar com responsabilidade a Marisol, podem entrar em contato com o Canil Municipal pelo telefone 3719-1170, pela página do Facebook (@canilmunicipaldesantacruzdosul), pelo Instagram (canil_municipal_scs) ou ainda pelo e-mail (canil@santacruz.rs.gov.br). Também é possível visitar a Marisol no Centro Veterinário Waslawik, na Rua São José, nº 1323, mediante agendamento pelo 3056-4670.

Foto: Luiz Fernando Bertuol/Divulgação | Fonte: Assessoria
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