O objetivo do encontro realizado na sede do DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais foi alinhar ações que tornem mais efetivo o controle do roubo de cargas no Rio Grande do Sul. A avaliação do SETCERGS – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no RS foi de otimismo, diante das manifestações de empenho dos gestores em reforçar a atuação no combate à criminalidade.
“Trouxemos essa preocupação em virtude de uma série de roubos de carga que estão acontecendo, especialmente em algumas regiões como a metropolitana. A inteligência do crime organizado precisa ser combatida”, afirmou o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo.
A diretora do DEIC – Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Corrêa, explicou medidas que já estão sendo tomadas para combater o problema. “Embora a função seja atuar depois que o crime acontece, deixamos essa visão de lado. Trabalhamos de forma integrada e muito mais completa para que possamos não só atuar na repressão, mas na prevenção. A intenção, daqui para frente, é envolver Polícia Rodoviária Federal e Brigada Militar para que possamos atuar de forma ainda mais eficaz”, afirmou.
A titular da DRFC – Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas / Divisão de Investigação Criminal, Isadora Galian, observa que tem ocorrido uma migração de quadrilhas que atuavam em roubo à banco e que passaram a atuar no roubo de cargas. “O êxito passa pela agilidade em chegarmos o mais rápido possível. Por isso, reforçamos a importância das empresas transmitirem sempre de forma ágil e imediata informações que ajudem nossas equipes a localizar e combater os casos”, disse.
O diretor de Gestão do SETCERGS, Roberto Machado, destacou que um dos alvos frequentes tem sido o roubo de cargas de cigarro. “Chegamos a ter casos de dois ou três roubos em um único dia”, salientou.
O cenário estadual
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país com mais roubos de carga, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs). Perde somente para o Rio de Janeiro (10.599) e São Paulo (10.584). O sindicato aponta o trecho da BR-386, entre Montenegro, na Região Metropolitana, e Lajeado, no Vale do Taquari, como a estrada mais perigosa.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, entre fevereiro e março deste ano, cerca de R$2 milhões foram recuperados em ações envolvendo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os indicadores enviados são referentes aos casos de roubos e furtos de mercadorias em caminhões. Em janeiro, foram 19 registros desse tipo no RS, equivalente à soma do mesmo período do ano passado.
Participaram do encontro a diretora do DEIC e delegada de Polícia, Vanessa Pitrez de Aguiar Corrêa; o diretor do DINC/DEIC, delegado de polícia Eibert Moreira Neto; o diretor do DAE/DEIC, delegado Roberto Peterneli e a titular da DRFC/DINC/DEIC, Isadora Galian.