Populares na decoração de muitos lares, plantas caseiras podem ser tóxicas para os animais de estimação. A ingestão acidental de alguma dessas plantas pode levar a problemas de saúde graves para cães e gatos. A médica-veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support, Stella Rehfeldt, explica como agir em caso de intoxicação dos pets.
Stella destaca quais plantas comuns nos lares brasileiros podem ser tóxicas para os animais de estimação:
- Lírio-da-Paz (Spathiphyllum): popular por suas flores brancas, o Lírio-da-Paz pode causar irritação oral, problemas digestivos em animais e até mesmo casos graves de alteração renal e neurológica.
- Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp.): pode levar a sintomas como inchaço e irritação da boca e garganta, dificuldade para engolir e vômitos. Em casos graves, pode ocorrer dificuldade respiratória devido ao inchaço das vias aéreas.
- Mamona (Ricinus communis): as sementes são muito tóxicas, podendo causar vômito, diarreia, alterações neurológicas, coagulopatia e insuficiência renal.
- Samambaia (Pteridium aquilinum): pode causar vômito, diarreia e depressão do sistema nervoso central.
- Potos (Epipremnum aureum): também conhecido como “jibóia” ou “devil’s ivy”, pode levar a vômitos, diarreia e irritação oral e das vias respiratórias, o que pode levar a dificuldade respiratória em casos graves.
- Babosa (Aloe barbadensis Milla): embora benéfica para humanos, a Aloe Vera pode causar vômitos, diarreia e mudanças na cor da urina em animais de estimação. Em casos graves, a ingestão de babosa pode causar danos mais sérios, como insuficiência renal.
Como agir em caso de contaminação
De acordo com Stella, a identificação rápida do problema é importante. “Se você suspeitar que seu pet ingeriu uma planta tóxica, identifique a planta e anote as alterações que seu animal está apresentando”, orienta a médica-veterinária. A especialista explica que na sequência é necessário buscar ajuda veterinária imediatamente. “Leve a planta ou uma foto dela, se possível, para ajudar o veterinário a identificar o tratamento adequado”, complementa Stella.
Outro ponto importante abordado pela médica-veterinária é não induzir o vômito do animal sem orientação. “Não tente induzir o vômito em casa sem a orientação de um profissional, pois isso pode agravar a situação dependendo da planta envolvida”, explica a especialista. “De imediato, se possível, remova qualquer resíduo da planta da boca do animal e forneça água fresca. Siga as instruções do veterinário e observe seu pet cuidadosamente para quaisquer mudanças em seu estado de saúde”, conclui Stella.
O Grupo Hospitalar Pet Support conta com unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Xangri-Lá. Mais detalhes podem ser obtidos em petsupport.com.br.