Novo Hamburgo se prepara para onda de contágios pelo Aedes Aegypti

Por Marina Klein Telles

O projeto de Prevenção e Combate à Dengue, executado em parceria pela Universidade Feevale e a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, divulgou, nesta semana, um boletim informativo com os resultados do terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano. O relatório, que indica o percentual de imóveis no município com presença do vetor responsável pela transmissão da dengue, revelou que o município se encontra, atualmente, em iminente perigo à saúde pública para a dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito.

Por meio do LIRAa, são visitados, aproximadamente, 5% dos imóveis da cidade em um curto período, gerando um indicativo dos níveis de infestação, a fim de facilitar as ações de controle. Assim, entre os dias 31 de julho e 11 de agosto, agentes do projeto realizaram visitas em 3.578 imóveis de Novo Hamburgo, distribuídos em todos os bairros do município, que são agrupados em oito estratos. Foram coletadas 135 amostras de larvas ou pupas para análise e identificação no Laboratório do Projeto de Combate à Dengue, das quais 63% se mostraram positivas para o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Outro indicador do LIRAa, e um dos principais, é o Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação percentual entre o número de imóveis positivos, ou seja, com a presença de larvas do mosquito, e o número de imóveis pesquisados. Novo Hamburgo apresentou um IIP de 2,2%, ou seja, a cada 45 imóveis, um teve a presença de indivíduos de Aedes aegypti. Esse valor classifica o município como em iminente perigo à saúde pública, ou seja, apresenta médio risco de surto para a dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito. Em comparação ao LIRAa realizado no inverno de 2022 (IIP 0,5), o índice encontrado nesse momento é mais alarmante e demonstra que os esforços para combater a proliferação do mosquito devem continuar.

O índice registrado no levantamento coloca o município em estado de alerta, mesmo que, com a chegada do inverno, seja esperado que a presença de mosquitos diminua no ambiente. “Casos de dengue ainda estão sendo notificados. Para evitar que a situação venha a piorar, contamos com o empenho da equipe do projeto, da Vigilância Ambiental e da comunidade, a fim de eliminar os depósitos de água parada pela cidade”, afirma o coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue, Tiago Filipe Steffen.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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