Novo Hamburgo bateu recorde dos últimos 20 anos na geração de empregos formais ao longo de 2021. Ano passado foi o que apresentou melhor saldo positivo de vagas de trabalho da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do governo federal, iniciada em 2002 (primeiro ano com dados disponíveis no sistema), com a criação de 7.737 vagas com carteira assinada no município.
O balanço final de 2021 foi divulgado nesta segunda-feira, dia 31. Os resultados já contemplam as revisões realizadas pelo Caged. Com isso, Novo Hamburgo fechou o ano como a terceira cidade gaúcha que mais criou empregos no ano passado, atrás apenas de Porto Alegre (saldo de 15.044) e encostada em Caxias do Sul (saldo de 7.969). “Foi um ano de muitos desafios, mas conseguimos manter o ambiente altamente positivo para empreender”, reforça a prefeita Fátima Daudt, que mesmo em férias tem acompanhado os balanços na área econômica.
Só Novo Hamburgo concentra mais de 5,5% de todo o emprego criado no Rio Grande do Sul no ano passado, que somou 140.281 postos de emprego formal abertos. O saldo do ano passado só não foi melhor porque a cidade acompanhou o desempenho do mercado de trabalho no País e no Estado em dezembro e encerrou o mês com saldo negativo.
Em todo o País, foram fechadas 265 mil vagas em dezembro, das quais 17.892 foram encerradas no Rio Grande do Sul e 721 em Novo Hamburgo. “Foi um comportamento geral do mercado de trabalho, inclusive em nossa região, por conta do fechamento de vagas temporárias”, estima a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Paraskevi Bessa-Rodrigues.
Quem mais contrata
O setor de serviços foi o principal gerador de emprego formal em Novo Hamburgo, respondendo por mais de 63% do saldo de emprego, conforme o balanço do Caged. “Isso mostra que Novo Hamburgo se consolida como uma cidade geradora de serviços”, acrescenta o diretor de Trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Nelson Dietrich Júnior.
O setor de serviços gerou 4.892 vagas, seguido pela indústria, com 2.055 vagas; comércio, com 695 empregos criados; e agropecuária, com oito. Para Nelson Dietrich, o comércio e a construção civil têm um grande potencial de geração de emprego na cidade, que pode ser desencadeado tão logo a economia dê sinais de crescimento mais consistente.
O melhor desempenho de Novo Hamburgo antes de 2021 havia sido no ano de 2010, quando a cidade fechou os 12 meses com saldo de 6.689 empregos criados. O resultado do ano passado recupera os empregos que haviam sido fechados na cidade desde 2016 e encerra de forma consistente a sequência de resultados negativos que ocorria desde 2014 (que foram interrompidos em 2019, mas com resultado pequeno, de 248 vagas.