A indústria calçadista brasileira gerou mais de 20 mil postos de trabalho entre os meses de janeiro e abril. Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) com base nas informações oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com o saldo positivo, o setor soma 286,28 mil pessoas empregadas diretamente na atividade, 16% mais do que no mesmo período do ano passado. O número também é praticamente igual ao registrado no mesmo intervalo na pré-pandemia, em 2019, apontando para a recuperação no estoque de empregos do setor.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que já são quase 40 mil postos a mais do que o registrado em abril de 2021. “Uma em cada cinco vagas de trabalho criadas pela Indústria de Transformação no Brasil veio do setor de calçados. Estamos experimentando uma recuperação importante, especialmente diante do aumento da demanda internacional”, avalia o executivo, acrescentando que, entre janeiro e abril foram embarcados ao exterior mais de 53,7 milhões de pares, 32,6% mais do que no mesmo período do ano passado.
Segundo Ferreira, a atividade, que congrega mais de cinco mil fábricas em todo o Brasil, é um indicador social e econômico importante para o País, já que responde rapidamente aos estímulos da economia e consumo. “Para o ano, o setor calçadista estima um crescimento entre 1,8% a 2,7% na produção, para mais de 820 milhões de pares”, projeta.
Estados
O estado que mais emprega na atividade é o Rio Grande do Sul. Respondendo por quase 30% do total de postos gerados no Brasil, as fábricas gaúchas criaram 6,3 mil postos entre janeiro e abril, somando 82,16 mil pessoas empregadas na atividade. O número é 13,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
O segundo estado que mais emprega no Brasil é o Ceará, que criou 1,8 mil vagas no primeiro quadrimestre do ano. Com isso, as fábricas cearenses encerraram abril com mais de 63,3 mil pessoas empregadas diretamente no setor, 9% mais do que no mesmo período de 2021.
Na terceira posição entre os maiores empregadores do setor calçadista no Brasil, a Bahia criou 3,5 mil postos entre janeiro e abril, somando 39,2 mil trabalhadores na atividade. O número é 31,3% maior do que o registro do mesmo período do ano passado.
Quarto maior empregador brasileiro na atividade, São Paulo registrou a criação de 4 mil vagas no primeiro quadrimestre, somando um total de 32,8 mil pessoas empregadas no setor calçadista. O registro é 22% maior do que o apontado no mesmo intervalo de 2021.
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