IGPM e falta de matéria-prima provocam reajuste no valor dos imóveis

Por Gabrielle Pacheco

O ramo imobiliário, em alta apesar da pandemia, se prepara para repassar ao consumidor final um aumento significativo no valor dos imóveis ainda em 2020 e, principalmente, a partir do início de 2021. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), O Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM) subiu 3,28% em novembro, percentual superior ao de outubro, quando havia apresentado taxa de 3,23%.

Ainda segundo pesquisa da FGV, em outubro a falta de insumos atingiu os maiores níveis desde 2001. Assim, a falta de insumos para empresas dos ramos de produtos de metal chega a 31%. Além disso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,29% em novembro, ante 1,69% no mês anterior, mas deve se equiparar ao IGPM nos próximos meses. Por fim, é recorrente a falta matéria-prima como aço, ferro entre outros itens. O preço do aço já subiu cerca de 40%, o preço do concreto cerca de 20% e o valor final de uma obra completa já teve um aumento de custo entre 8% e 10%.

Aumento nos preços dos imóveis

Algumas construtoras já repassaram o aumento para suas tabelas de comercialização. Outras, como a Construtora PRG de Gramado, na Serra Gaúcha, seguraram ao máximo e projetam um acréscimo até o fim de dezembro. “Vamos, obrigatoriamente, ter que aumentar os preços finais ao consumidor. Seguramos o quanto pudemos. Entretanto, com o aumento do preço do aço, do concreto e do ferro, que também estão em falta no mercado, os custos sobem automaticamente”, explica Ghisleni, diretor da Construtora PRG de Gramado. A Construtora PRG atua no mercado desde 2011 e é atualmente especialista em empreendimentos de alto padrão. Atualmente conta com mais de 150.000 metros quadrados de área construída em Gramado e Canela.

Segundo Ghisleni, uma obra completa já teve aumento de cerca de 8% até e ainda vai chegar a 10% até o fim do ano. “Acreditamos que esta alta está relacionada aos índices como IGPM e o INCC. Os investidores que pensam em comprar imóveis ainda este ano conseguirão melhores preços. A partir do final de dezembro e janeiro de 2021 a tendência de alta é forte. Nós estamos fazendo uma análise para a definição do momento de subir os valores de nossos projetos e obras”, analisa o empresário gramadense.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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