O Instituto-Geral de Perícias (IGP) inicia hoje, segunda-feira, 11, um mutirão para confecção de carteiras de identidade para a população afetada pelas enchentes resultantes das chuvas intensas do início de setembro. A força-tarefa vai atuar inicialmente no município de Muçum. Em Roca Sales, a operação começa na terça-feira (12). Os dois municípios foram os mais atingidos pelas cheias do rio Taquari. A segunda via do documento para quem perdeu em virtude do desastre ocorrido na região será emitida de forma gratuita.
A fim de possibilitar a operacionalização do serviço, o IGP tem a parceria da administração municipal. Para confeccionar o documento de identidade, é necessário portar certidão de nascimento ou casamento, atualizada e em bom estado, o que a maior parte das vítimas também perdeu nas enchentes. Diante dessa dificuldade, o IGP já está em interlocução com cartórios e as autoridades da região para emissão de novas certidões. Os cidadãos devem procurar diretamente os postos de atendimento do IGP que serão instalados nos dois municípios.
Locais de atendimento
Muçum
O posto de atendimento será montado na sede da Emater, ao lado da Brigada Militar.
Endereço: Rua Presidente Castelo Branco, 585.
Roca Sales
o posto de atendimento será montado no prédio da Prefeitura Municipal. O endereço é rua Eliseu Orlandini, 51.
Ambos os locais funcionarão das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, enquanto houver necessidade.
O diretor-geral adjunto do IGP, perito criminal Maiquel Luis Santos, enfatiza a importância do mutirão nos locais afetados para reestabelecer as condições mínimas de cidadania da população. “O documento de identidade é essencial para acessar diversos serviços que a população irá necessitar para retomar a rotina. O IGP está iniciando esse trabalho para prestar a população o melhor serviço possível neste momento de necessidade”, disse.
Coleta de DNA
Nos postos de identificação montados para atender a população, os cidadãos que ainda tiverem familiares desaparecidos poderão fornecer ao IGP amostra de material genético para exame de DNA. A coleta é rápida, feita a partir da saliva. A informação será inserida no Banco de Material Genético do IGP para comparações com a base de dados, o que pode facilitar a verificação de compatibilidade com o material genético de vítimas que venham a ser localizadas.