Herança germânica, o canto coral é presente há mais de 100 anos na região

Por Marina Klein Telles

Junto aos primeiros imigrantes alemães, ainda no século 19, o canto coral chegou ao Vale do Sinos. A história conta que as sociedades por eles formadas têm participação importante nesse desenvolvimento, a partir da organização de grupos de canto – assim como as comunidades religiosas. Na região, três coros centenários carregam as origens dessa manifestação cultural e perpetuam a tradição. Todos eles sobem ao palco do 57° Festival de Coros do Vale do Sinos para apresentar um repertório variado, que promete emocionar o público.

Ainda em 1867, o Coral Santa Cecília foi fundado em Dois Irmãos. As atividades de canto eram formadas por um grupo de homens, mais tarde foi criado o coral misto; ambos seguem até os dias de hoje. Músicas religiosas e populares compõem a lista de canções entoadas, que visam cultivar a cultura alemã no Brasil.

Reconhecido como um dos mais antigos do país a manter as atividades de forma ininterrupta, o Coro Júlio Kunz começou sua história em 1888. No início, o nome não era esse, mas, sim, grupo de canto coral Gesangverein Frohsinn. A mudança ocorreu a partir da fusão de clubes, que criou a Sociedade Aliança. No repertório, o grupo traz diferentes artistas, sendo eclético e abrangente.

Anos depois, surge o Coral União, de Estância Velha. Em 1894, ele foi criado por uma comunidade de imigrantes e descendentes de imigrantes alemães. Com corais que se apresentam em eventos regionais e nacionais, o grupo mantém viva a tradição por meio de repertórios especiais e variados.

No ano que marca o Bicentenário da Imigração Alemã, o Festival de Coros do Vale do Sinos receberá essas instituições para abrilhantar as noites de programação. Dia 26 de setembro, o Coral Santa Cecília e o Coro Júlio Kunz subirão ao palco; o Coral União cantará no dia 28 de setembro.

A 57ª edição do evento acontece entre 25 a 28 de setembro, no Teatro Paschoal Carlos Magno, com apresentações iniciando sempre às 20h. A entrada é gratuita. A realização é da Associação de Coros de Novo Hamburgo (ASCOR) e da Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria da Cultura.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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