Hamburgerberg Fest completa maioridade com público apaixonado em grande festa da cultura

Por Gabrielle Pacheco

Centenas de elogios, visitantes impressionados com a tranquilidade do evento, expositores comemorando resultados, artistas valorizando o espaço obtido, um ambiente cultural de muita harmonia e amizade. Assim foi a 21ª edição da Hamburgerberg Fest, realizada nos dias 20 e 21 de outubro, no Centro Histórico de Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo. “As pessoas vieram com o espírito da festa, para conviver, assistir belas apresentações, sentar com familiares e amigos, se divertir e poder curtir um patrimônio que é seu”, comemora Ângelo Reinheimer, coordenador geral do evento. O bairro de Hamburgo Velho é o único sítio histórico de origem alemã tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e guarda a história do surgimento da cidade.

Um dos resultados impressionantes foi a visitação na Fundação Scheffel, que abriga o Museu de Arte Scheffel e o museu histórico Casa Schmitt-Presser, localizados lado a lado na avenida Gal. Daltro Filho. Foram quase oito mil visitantes registrados nos dois dias. “Se considerarmos que muitas pessoas não assinam os livros de presenças, podemos falar em um número ainda maior, oportunizando que muitas pessoas conhecessem nossos espaços”, ressalta o coordenador, que também é o Curador da Fundação Scheffel. A média normal de visitas registradas é de duas mil pessoas por mês, ou seja, o final de semana da festa reuniu o equivalente a quatro meses de visitação.

Novidade no evento, o Biergarten (jardim da cerveja) teve aprovação total. Um ambiente descontraído, com mesas, cadeiras e áreas livres para quem queria degustar pratos e cervejas especiais, ou simplesmente curtir a Hamburgerberg Fest. “Gostamos muito deste novo espaço e de todo o evento, bonito e organizado”, disse Cintia Spindler de Moraes, que almoçou no local acompanhada de familiares. “Participei das primeiras mobilizações pela preservação do bairro e é um orgulho ver a festa tão bem estruturada”, reforçou. O novo espaço foi abastecido pela cervejaria artesanal Clandestina e pratos inspirados na culinária alemã.

A parceria com o Movimento Viva a Música também foi uma novidade desta edição, e recheou a tarde sábado de atrações musicais nos museus e palcos da festa, se encerrando com o show de Wander Wildner. A Hamburgerberg Fest teve ainda cinema de rua com sonoplastia ao vivo, o Espaço Kinder, palestra e caminhada fotográfica, circuito das artes, Jardim das Artes, expositores de artesanato, antiguidades, produtores rurais, floristas, gibis e discos de vinil. A área de gastronomia garantiu grande movimentação, com comidas de diversas origens e cervejarias artesanais. “Só tenho a elogiar, fiquei impressionada com a organização, tudo funcionou muito bem e o público foi maravilhoso”, resume Lisiane Pires Bortoli, que levou à festa a Açaí Haus (açaí batido) e vendeu todo o estoque.

No evento, também não faltaram carros e bicicletas antigos, assim como o Espaço Pet. E os shows tiveram atrações variadas, como a irreverência de Johnny e Zé do Banjo e a elegância do repertório de Nei Lisboa com a Salvagni Big Band, entre outras atrações. A empresária Denise Denise Gottschalck aproveitou o evento com o marido e a filha de sete anos. “Adorei, me senti em segurança, um evento tranquilo que nos deixou à vontade para aproveitar em família sem aquela preocupação com a violência”, avaliou. O coordenador geral reforça: “A festa é bem isso, para a cidade. Foram vendidos, por exemplo, 4 mil litros de cerveja artesanal, o que mostra que as pessoas vêm para curtir num clima de confraternização, harmônico e que estimula a convivência”.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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