Filme Tropicália terá sessão comentada no Cine Iberê

Por Gabrielle Pacheco

No próximo domingo, 21 de janeiro, a partir das 16 horas, a Fundação Iberê Camargo realiza sessão comentada do documentário Tropicália com o seu diretor, Marcelo Machado. A entrada é franca e a exibição integra o Cine Iberê, dentro do programa Tropicália | Geleia Geral – atividade cinematográfica com curadoria de Marta Biavaschi e paralela às exposições Vivemos na Melhor Cidade da América do Sul e Sombras no Sol.

Tropicália aborda o marcante movimento cultural no Brasil dos anos 60. Após uma pesquisa de cinco anos, o realizador Marcelo Machado lançou o filme em 2012. Com imagens de arquivo, especialmente recuperadas para a produção, sequências de filmes, entrevistas inéditas, programas de TV e fotografias, o documentário tem a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Gal Costa, Mutantes, Capinan, Tom Zé e Rogério Duprat – integrantes do grande coletivo formador do movimento –, que trazem à tona a memória de um momento de ruptura, descoberta e confronto no inicio dos anos de chumbo.

Prêmio especial do júri na categoria Cinema da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), Tropicália participou dos festivais É tudo verdade (Brasil), Bafici (Argentina), Visions du Réel (Suiça), San Sebastian (Espanha) e Doc Lisboa (Portugal), entre outros.

Exposições paralelas

A mostra Sombras no Sol traz 41 peças do acervo – entre pinturas, desenhos, gravuras e documentos – de Iberê Camargo que retratam sua visão sobre a “Cidade Maravilhosa”, onde morou por 40 anos, apontando para uma paisagem muitas vezes vazia e melancólica, nublada – distante do sol e das cores tropicais.

Com curadoria de Eduardo Haesbaert e Gustavo Possamai, a mostra exibe, ainda, um conjunto de documentos que registram a censura a uma de suas obras durante o V Salão Nacional de Arte Moderna, em 1956, no Rio de Janeiro. “Importante trazer à visibilidade e ao debate público o registro de momentos sombrios que apresentam tanta relação com os dias atuais, uma vez que Iberê os vivenciou com resistência, em defesa da arte, do diálogo e do respeito, aspectos tão fundamentais à liberdade de expressão”, dizem os curadores.

A exposição Vivemos na melhor cidade da América do Sul, apresenta pinturas, esculturas, fotografias, instalações, vídeos e performances de 28 artistas brasileiros referenciais, como Alair Gomes, Beto Shwafaty, Carlos Vergara, Guga Ferraz, Hélio Oiticica, Iberê Camargo, Maria Sabato, Mario Testino e Rosângela Rennó, entre outros.

A mostra, com curadoria de Bernardo José de Souza e Victor Gorgulho, a mostra parte da canção Baby, de Caetano Veloso, para investigar noções contraditórias de tropicalidade, identidade nacional, corpo e violência, e analisa a paisagem estética e política do Rio de Janeiro para lançar uma mirada crítica sobre o Brasil.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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