Obra-prima de Buñuel terá sessão no Cine Iberê

Por Gabrielle Pacheco

No domingo, 18 de novembro, às 16h, a Fundação Iberê Camargo apresenta uma das obras-primas do diretor espanhol Luís Buñuel: A Bela da Tarde (Belle de Jour), estrelado pela atriz Catherine Deneuve em 1967, e vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza no mesmo ano. A sessão única e gratuita será comentada pelo psicanalista, psicólogo, filósofo e pesquisador Luciano Mattuella. Com curadoria de Marta Biavaschi, a programação do Cine Iberê integra as atividades paralelas às exposições Subversão da Forma e Iberê Camargo: formas em movimento.

Exibido agora em cópia restaurada – meio século depois de estrear nos cinemas – o filme traz à tona uma discussão pertinente e cada vez mais contemporânea sobre sexualidade, religião e moral. Em A Bela da Tarde, a bela e jovem dona de casa Severine Serizy (Catherine Deneuve) não consegue conciliar suas fantasias masoquistas com a vida cotidiana ao lado do zeloso marido Pierre. Quando seu amigo Henri menciona um secreto bordel de classe alta, dirigido por Madame Anais, Severine decide visitá-lo e, eventualmente, passa a trabalhar lá durante o dia sob o nome de Bela da Tarde. Porém, quando um de seus clientes se torna possessivo, ela precisa tentar voltar à sua vida normal. Para assistir ao trailer acesse https://vimeo.com/243223443

Luis Buñuel (1900-1983) é considerado o principal expoente do Surrealismo no cinema. Na Universidade de Madri tornou-se amigo de Salvador Dalí e Federico García Lorca. Com Dali, escreveu os filmes Um Cão Andaluz e A Idade do Ouro. Seus primeiros trabalhos foram marcados pelo Surrealismo, mas, ao longo de sua carreira, Buñuel manteve diálogo com diferentes correntes artísticas, com filmes que debateram a religião, a moral humana e a burguesia. Além de A Bela da Tarde, realizou, entre outros filmes: Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977), O Fantasma da Liberdade (1974), O Discreto Charme da Burguesia (1972), Tristana (1970), Simão do Deserto (1965), O Anjo Exterminador (1962), Viridiana (1961), Os Esquecidos (1950), A Idade do Ouro (1930) e Um Cão Andaluz (1929).

Luciano Mattuella é psicanalista, psicólogo (UFRGS), especialista em Atendimento Clínico – Psicanálise (UFRGS), Mestre em Filosofia – Estética (PUCRS) e Doutor em Filosofia – Estética e Psicanálise (PUCRS) com estágio doutoral na Université de Strasbourg (França). É membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) e do Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Arte e Política (LAPPAP). Como pesquisador, se interessa pelo tema da construção da subjetividade na contemporaneidade.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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