Conheça os cases de cooperativas gaúchas que estarão na COP 30

Por Marina Klein Telles

O Rio Grande do Sul levará à COP 30 o exemplo de como o cooperativismo pode ser protagonista na construção de um futuro mais sustentável. Entre os dias 10 e 21 de novembro, cooperativas gaúchas vão marcar presença na COP 30, em Belém, no Pará, levando soluções de impacto e cases de sustentabilidade para a agenda climática global.

As sete cooperativas que representarão o Estado foram selecionadas pelo Sistema OCB para integrar o portfólio brasileiro apresentado na conferência. Entre as selecionadas estão Sicredi Confederação (Porto Alegre), Sicredi Sementes do Sul (Espumoso), Aurora (Bento Gonçalves), Coasa (Água Santa) e Creral (Erechim), que participarão presencialmente. Já as cooperativas Unicred Ponto Capital (Santa Maria) e Cooperconcórdia (Santa Rosa) terão seus cases apresentados pela delegação nacional.

Para o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, a presença das cooperativas gaúchas na COP 30 reforça o compromisso do movimento com práticas sustentáveis. “Levar esses cases à COP é uma forma de dar visibilidade ao papel do setor na agenda climática global. Essa vitrine reafirma o papel do cooperativismo como modelo de negócio alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU”, avalia. Em julho deste ano, o Sistema OCB em parceria com o Sistema Ocergs realizou uma imersão pré-COP. Na ocasião, autoridades e representantes internacionais foram convidados a visitar cooperativas gaúchas para conhecer de perto alguns projetos, garantindo espaço de destaque para o RS na conferência de Belém.

Conheça alguns cases participantes

“Nosso Solo, Nossa Colheita” – Coasa 

Aborda a rotação de culturas, cobertura do solo nos 365 dias do ano e manejo sustentável para aumentar fertilidade, reduzir erosão e melhorar a rentabilidade dos produtores.

“Programa Multiplicadores Lixo Zero” – Cooperconcórdia 

Tem por objetivo formar comunidades como multiplicadoras das ações Lixo Zero, alinhadas aos ODSs da ONU, estimulando o consumo consciente, a economia circular, a gestão correta dos resíduos, os processos de compostagem e a construção de cidades mais sustentáveis. Este projeto tem apoio do Fundo Social do Sescoop/RS. “Estratégias para minimizar os impactos das mudanças climáticas na viticultura da Serra Gaúcha” – Vinícola Aurora Visa à promoção do manejo vitivinícola para minimizar impactos climáticos, com conservação de solos, estímulo à biodiversidade e difusão de conhecimento técnico entre cooperados e comunidade.

“Bioroz e Cinroz” – Creral

Case sobre a transformação de resíduos agrícolas, como casca e cinza da casca de arroz em um produto natural com aplicação nas indústrias de plásticos que utilizam derivados de petróleo e nas indústrias de concreto em substituição à cinza de carvão mineral. O projeto está em desenvolvimento no complexo energético São Sepé, onde a cooperativa conta com usinas solares e térmica de biomassa.

“Projeto Batalhão do Bem: o cooperativismo em ação” – Unicred Ponto Capital 

O projeto tem como finalidade a resposta a dois desafios centrais e interligados: o alto impacto ambiental da indústria têxtil – segunda mais poluidora do mundo – e a vulnerabilidade socioeconômica de mulheres chefes de família nas comunidades onde a cooperativa está inserida, inicialmente de Santa Maria e, posteriormente, replicada em Santiago, Cachoeira do Sul e Uruguaiana.  O objetivo da iniciativa é promover a sustentabilidade ambiental e a inclusão social, transformando resíduos têxteis militares em novos produtos, capacitando mulheres em situação de vulnerabilidade e fomentando a economia circular como estratégia de desenvolvimento comunitário e climático. Este projeto tem apoio do Fundo Social do Sescoop/RS.

“O papel do cooperativismo de crédito na proteção e resiliência dos associados frente às mudanças climáticas” – Sicredi Confederação 

O projeto demonstra como instituições financeiras cooperativas podem atuar na transição climática com soluções baseadas em dados. Além de oferecer um modelo replicável para outras instituições da América Latina, o case contribui para o debate global sobre finanças sustentáveis, adaptação e justiça climática, especialmente em regiões agrícolas vulneráveis, e reforça o papel do Sicredi como agente de transformação socioambiental.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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