Um verdadeiro raio-x sobre as ações da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, foi o tema da reunião-almoço desta semana do grupo Pensando Novo Hamburgo. O diretor-geral da autarquia, Márcio Lüders, apresentou o projeto Comusa Transparente, um panorama das ações do passado, presente e futuro, além dos desafios para captação e tratamento de água e esgoto em Novo Hamburgo.
Entre os pontos levantados na reunião, Lüders destacou as condições que dificultam o tratamento de água no Município. “O Rio dos Sinos é o 4º mais poluído do Brasil, classe 4 de poluição, a mais alta que existe. Além de termos que lidar com os resíduos orgânicos, ainda temos a poluição humana e das indústrias. Na semana passada, um vazamento químico fez com que tivéssemos que paralisar a captação de água por quatro horas para garantir a segurança da população e gerando problemas de abastecimento”, comentou.
“Além de termos que lidar com os resíduos orgânicos, ainda temos a poluição humana e das indústrias.”
Ele ainda apresentou as melhorias que vêm sendo feitas pela atual gestão, como organização e limpeza dos espaços físicos e substituição de redes antigas por novas. “Já estamos vendo o resultado dessas substituições de rede. Tivemos uma queda substancial em custos de reparos e manutenção no mês passado, pois focamos as obras nos locais com maior número de vazamentos”, explicou.
Por fim, ainda destacou os principais projetos para o futuro da autarquia. “Estamos finalizando a obra de expansão da Estação de Tratamento de Água (ETA), que vai aumentar a captação de 760 para 950 litros por segundo, finalizando a Estação de Tratamento de Esgoto da Roselândia, que vai melhorar o saneamento no Município e investindo na construção da ETE Luiz Rau, que representará o alcance de 50% de esgoto tratado para Novo Hamburgo.”
O coordenador de relações com a comunidade do Pensando Novo Hamburgo, Marcos Bock, afirma que a conversa mostrou uma realidade que a comunidade não enxerga. “A explanação do diretor foi bem importante, mostrou detalhes dos investimentos que a Comusa vem fazendo e os planos para o futuro, colocando que não é só consertar um problema, mas trazendo dados importantes dos custos de manutenção que cada conserto representa”, diz.
Ele ainda destaca a importância da conscientização da sociedade. “Achei importante mostrar o quanto de lixo a Comusa retira nas bombas da estação de captação, deu pra ver os custos que isso implica e que não tem a ver com o tratamento da água diretamente, mas com o impacto da comunidade, que despeja lixo nos esgotos e no rio. Mostrou algo que a gente acha que não existe e nós, como comunidade, podemos reduzir.”
“Mostrou algo que a gente acha que não existe e nós, como comunidade, podemos reduzir.”