O ditado popular “Quem planta, colhe” está sendo levado a sério na Unidade Básica de Saúde Canudos, em Novo Hamburgo. Entre palestras, oficinas e outras dinâmicas, agora, os 20 integrantes do Grupo de Hiperdia também começam a cultivar ervas fitoterápicas.
Com mudas de manjericão, cebolinha, alecrim, espinheira-santa, hortelã e outras ervas medicinais nas mãos, eles deram início à horta, localizada em um espaço separado para esta finalidade na UBS. Embora a produção seja em pequena escala, a ideia é fazê-la render para o preparo de temperos e chás.
“A horta tem função terapêutica e é uma forma de incentivo a novas práticas em relação ao consumo de alimentos saudáveis, sem falar que é um espaço de interação e difusão de conhecimento”, explica a coordenadora da UBS Canudos, Simone Prass.
Proposta que se depender dos participantes tem tudo para dar certo. Da escolha do local, aquisição de terra, mudas aos cuidados, o compartilhamento guia as ações do grupo, que é formado por pacientes hipertensos e diabéticos de todas as idades.
A iniciativa conta com a parceria do projeto Phytos, da Universidade Feevale. Segundo a farmacêutica Daniela Pinhatti, o primeiro passo para a implantação da horta ficou a cargo dos alunos dos cursos de Ciências Biológicas e Farmácia que explicaram as funções das plantas e a importância do uso racional – assim como deve ser com qualquer medicamento – das plantas medicinais. Ainda conforme ela, o uso de plantas medicinais faz parte da cultura dos usuários da unidade.