Atenta à crise hídrica que assola o Brasil neste ano, em que o regime de chuvas é o pior em 90 anos, e há uma crescente preocupação com apagões, a Prefeitura de Canoas lança o Programa de Consumo Consciente de Energia. O programa tem o objetivo de racionamento de energia elétrica e redução entre 10% e 20% no consumo. A meta de economia é de R$ 1 milhão nos próximos 12 meses, o que pode representar, aproximadamente, 800 mil kWh de consumo real.
O decreto, que estabelece as medidas para a redução do consumo de energia elétrica no âmbito da administração municipal, foi assinado pelo prefeito Jairo Jorge na manhã desta segunda-feira, 30 de agosto. “Estamos na iminência de viver novamente um apagão em função da crise energética e, como gestores públicos, entendemos que a responsabilidade para evitar que cheguemos a este ponto é de cada um. Todos devem fazer sua parte e Canoas está mostrando a sua preocupação e consciência. Espero que possamos servir de inspiração para os demais municípios para que, somando esforços, consigamos superar essa crise”, afirma Jairo Jorge.
Apresentado na reunião de secretariado, pelo secretário de Planejamento e Gestão, Fábio Cannas, o Programa está dividido em três eixos: ações estruturais, ações educativas e comportamentais e retorno direto pela economia. Nas questões estruturais, estão previstas a substituição de lâmpadas comuns, as de vapor de sódio, pelas de LED; utilização de sensores de presença em ambientes de uso transitório, como banheiros, corredores e garagens; instalação de placas solares para geração de energia limpa e renovável; programação dos computadores para entrarem em modo de espera após passarem um período sem uso; e locação de geradores para evitar a paralisação de serviços essenciais diante de possíveis apagões.
Já no eixo comportamental, será realizada uma campanha educativa para o consumo consciente de energia elétrica nos espaços públicos. São mudanças comportamentais simples, como evitar manter as luzes acesas em locais vazios e após o expediente; utilização racional de ar condicionado e outros equipamentos eletrônicos; estimular a utilização de luz natural em determinados ambientes. desligar monitor, impressora, estabilizador, caixa de som, microfone e outros acessórios sempre que não estiverem em uso.
No terceiro eixo, as 85 escolas que compõem a rede municipal de ensino terão o valor economizado revertido integralmente, para ser utilizado conforme as necessidades identificadas pela direção.
De acordo com levantamento da Secretaria de Planejamento e Gestão (SMPG), a prefeitura possui 564 pontos de energia elétrica, entre escolas, prédios das secretarias e órgãos públicos, equipamentos culturais, de esporte e lazer, entre outros, o que gera um custo mensal de quase R$ 1 milhão.
Para o secretário da pasta, Fábio Cannas, Canoas deve ser a primeira a dar o exemplo de uso consciente de energia elétrica, para que a atitude atinja toda a população canoense. “São medidas simples e contribuições singelas de Canoas com um problema nacional, portanto, um problema de todos. O risco de apagão é iminente e não podemos cruzar os braços diante dessa realidade, temos que assumir a nossa responsabilidade e agir”, ressalta Cannas.