O mar cor de rosa composto se tornou um símbolo de força e resiliência. No domingo (29), mais de 4 mil mulheres que sobreviveram ao câncer de mama, fizeram o percurso do parque Moinhos de Vento (Parcão) em direção ao Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre. A caminhada também serviu para levar esperança às pacientes que ainda lutam contra a doença.
Na largada do evento, uma dessas mulheres chamava a atenção. Toda vestida de rosa e ornamentada dos pés à cabeça com joias, flores e lantejoulas, Janete Barbosa Feijó, esbanjava alegria e bom-humor. Há 16 anos, ela foi operada no Hospital Moinhos de Vento para a retirada de um câncer de mama. Janete ressalta a importância da prevenção, sobretudo depois dos 30 anos. “Muitas vezes as mulheres dizem ‘ai, eu não tenho nada, então eu não vou no médico’. Não. Depois dos 30 é obrigatório. Tem que monitorar de casa, com o toque, e todos os anos ir fazer um exame geral, porque a doença é silenciosa. Ela não dói e só aparece quando é grave”, alerta.
A adesão à caminhada é gratuita. Qualquer mulher pode vestir a sua camiseta cor-de-rosa e se juntar às outras — sem barreiras ou distinções, todas unidas pela mesma causa. Homens também são bem-vindos. O momento também foi de celebração para os familiares, para a rede de apoio, para aqueles que não viveram no corpo a doença, mas sentiram no coração.
Para a fundadora do Imama, a mastologista e chefe do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento, Maira Caleffi, a caminhada é uma das grandes contribuições do instituto. “Ver a todas essas mulheres juntas representa nossa união de esforços para que cada paciente possa receber o acolhimento e o tratamento oncológico correto e ágil. Não lutamos apenas para que o direito de cada uma seja cumprido – lutamos pela cura dessas mulheres”, destacou Maira.
O evento também homenageou os 30 anos do Instituto de Mama do Rio Grande do Sul (Imama) — organizador da programação. O Instituto acompanha de forma gratuita pacientes com câncer de mama, proporcionando informações e apoio técnico às mulheres que estão em tratamento, e também intercede junto aos governos para que a pauta esteja sempre na agenda das políticas públicas. O Hospital Moinhos do Vento, por meio do Instituto Moinhos Social, é um dos mantenedores do Imama.