Câmara Regional de Citricultura alerta sobre ameaça fitossanitária no Vale do Caí

Por Amanda Krohn

Representantes da Câmara Regional de Citricultura estiveram reunidos com o prefeito de Montenegro e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Caí (Amvarc), Gustavo Zanatta, na manhã desta quinta-feira (29) . O objetivo foi entregar um relatório com informações sobre o greening, doença da citricultura mundial presente na África, Ásia e América. No RS, ainda não há casos registrados. A preocupação é de que a doença possa chegar aos pomares do vale do Caí. Estudos apontam que, caso isto se confirme, as perdas poderiam alcançar 64% da produção regional.

A Câmara de Citricultura foi representada pelo secretário Municipal de Desenvolvimento Rural, Ernesto Kasper, o vice-prefeito de Pareci Novo, Fábio Schneider, o citricultor Ivan Alberto Streit e o Assessor Técnico Regional da Emater, Marcos José Schäfer. No encontro com Zanatta, os representantes solicitaram que a pauta seja debatida na Amvarc, e levada ao conhecimento do governo do RS. Entre as sugestões do grupo para atuar preventivamente, estão a contratação de mais fiscais no RS, para uma atuação mais abrangente sobre mudas importadas, cargas de frutas e pomares, entre outras.

O prefeito Gustavo Zanatta mostrou-se sensível à reivindicação e levará o assunto para a próxima reunião da Associação. “Sem dúvida, é uma questão importante e vamos levar para o debate a fim de evitarmos a doença em nossos pomares”, disse Zanatta.

Origem da doença

O greening é causado por bactérias do gênero Candidatus. No Brasil, é transmitido pelo psilídio Diaphorina Citri. A contaminação faz com que as folhas das frutas cítricas fiquem amareladas e mosqueadas, além de poder causar a seca e a morte dos ramos. Para evitar o agravamento da doença, os agricultores devem semanalmente monitorar a lavoura, inspecionando 1% das plantas de cada talhão e analisando pelo menos três brotações de cada planta.

Fotos: Divulgação | Fonte: Assessoria
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