Atlas reúne o PIB do setor de Matcon para debater a perpetuação dos negócios

Por Marina Klein Telles

Embora maioria no Brasil, apenas entre 8% e 9% das empresas familiares sobrevivem à terceira geração. Realidade agravada quando se trata do varejo: somente 1 a cada 4 negócios familiares sobrevivem à primeira geração. Diante desse quadro, o tema sucessão entrou no planejamento estratégico da Atlas, empresa referência em soluções de pintura, construção e casa, com sede em Esteio/RS e sob o guarda-chuva da holding InBetta.

“Com frequência perdemos grandes parceiros, porque não houve tempo suficiente para trabalharem o processo sucessório. Por isso, idealizamos o Projeto Sucessores a fim de provocar debates de temas relevantes para o segmento de materiais de construção. Desta forma, estamos contribuindo para a perpetuação dos negócios”, afirma Márcio Atz, diretor geral da Atlas, indústria que atua há 57 anos no mercado.

Em sua 2ª edição, o evento exclusivo reunirá o PIB do setor de Matcon, somando mais de R$ 45 bilhões. Mais de 90 CEOs e sucessores dos principais negócios familiares de varejo e atacado do Brasil e grandes importadores da América Latina, como Peru e Colômbia, confirmaram presença no evento, de 23 a 26 de maio, em Porto Alegre e na Serra gaúcha.

Neste 24 de maio, estão sendo compartilhados conhecimentos e práticas de gestão de sucessão, de governança patrimonial, fusões e aquisições (M&A) e os desafios do varejo estarão no centro das atenções do summit, no hotel Deville, em Porto Alegre. Magda Geyer Ehlers, fundadora do Instituto Sucessor; Marco La Rosa de Almeida, sócio da Lobo de Rizzo; o sócio da JK Capital, Alberto de Oliveira Neto, e Márcio Atzque também é diretor da Divisão de Materiais de Construção InBetta, vão compartilhar estratégias para assegurar core business e o futuro das empresas no longo prazo, assim como gerenciar o patrimônio em diferentes gerações

Junto, estarão os debatedores, entre CEOS, presidentes e diretores de grandes empresas nacionais, a exemplo do Grupo FCC, fabricante de componentes desde 1969, em Campo Bom, e entre as 50 maiores do setor calçadistaNos dias seguintes, os participantes visitarão a fábrica da Atlas e depois farão um tour em Bento Gonçalves e Garibaldi.

Profissionalização

“Somos um elo da cadeia de distribuição e compreendemos que nossa participação pode ir além de fornecer produtos. O Projeto Sucessores Atlas resulta dessa visão”, relata o sócio e CEO da InBetta, Eduardo Bettanin. Segundo ele, a profissionalização é imperiosa desde o início de qualquer empresa. “O controle acionário por um grupo familiar pode ajudar muito no crescimento e perpetuação dos negócios pela perenidade, valores e resiliência que supera os de um grupo de investidores individuais”, destaca o CEO, que participou ativamente, em 2010, do processo de governança corporativa das empresas Bettanin, Sanremo e Atlas.

Atualmente, a segunda geração está no comando e a terceira já assume posições de liderança na gestão e no desenvolvimento de novos negócios da InBetta. “O processo de sucessão é feito de modo aberto entre os executivos familiares e posições de liderança. Temos a vantagem de que o tema sucessão não é tabu”, frisa Bettanin. A holding acopla ainda as empresas Lots Home Shop, Ordene, Super Pro Bettanin, Lanossi Beauty & Care, Bettech e Sandene. O Projeto Sucessores conta com parceiros organizadores: Coral, Thomson Reuters, Adere, Amanco, Jimo, Mundial Prime, Quartzolite e Soprano.

Sobre a Atlas

Desde o início de suas atividades, em 1966, a Atlas é referência em ferramentas para pintura, construção e casa. Com sede em Esteio, a empresa que faz parte da holding InBetta, vem diversificando as linhas de produção. Fabricação de assentos sanitários e máquinas elétricas (Linha Powertech) são algumas das inovações que entraram nas esteiras de produção no ano passado. Em números, a empresa tem mais de 1,3 mil produtos em seu portfólio, sendo o carro chefe das vendas o Rolo AntiGota (AT321/10), com mais de 3 milhões de peças vendidas/ano. Manufatura que deve gerar um crescimento na ordem de 6% neste ano, o incremento mais tímido que nos anos 2020 e 2021 (19%) se deve às incertezas econômicas no Brasil e no mundo.

Com unidades fabris em Esteio/RS e Paulista/PE, e centros de distribuição (RS, SP e PE), a Atlas possui 480 colaboradores e exporta para mais de 50 países da América do Sul e América Central, além de alguns países na América do Norte, Europa e África. Embarques que representam 10% do faturamento da Atlas e da InBetta – reúne 9 marcas nos segmentos de Higiene e Limpeza, Organização, Conservação, Acabamento e Linha Profissional, com uma produção de cerca de 50 milhões de unidades por mês, comercializados em todo o Brasil e exportados também para mais de 50 países.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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