Arquiteta ensina a escolher a tinta de parede certa para ambientes residenciais

Por Amanda Krohn

A fase de pintura das paredes é recorrente em dúvidas, uma vez que a escolha da tinta vai muito além da seleção de cores: outros requisitos importantes devem ser considerados antes de definir o material. A arquiteta Marina Carvalho explica quais critérios devem ser seguidos na hora de pintar um ambiente residencial, seja ele interno ou externo. “Hoje em dia não basta abrir a lata, preparar a tinta e aplicá-la na parede. Com um leque variedade de produtos para diferentes tipos de superfície, a tinta certa resulta na estética esperada para o décor”, explica.

Ela orienta que o primeiro item a ser observado é o estado da superfície que será pintada. “É primordial que a parede esteja regularizada, lixada e com o acabamento perfeito. Esses cuidados contribuem para o resultado, pois as tintas acetinadas e com brilho destacam as irregularidades”, esclarece a profissional. Além disso, a arquiteta dá recomendações sobre como se planejar em ambientes internos e externos, áreas úmidas e outras superfícies, renovação de pintura, além da escolha do acabamento da tinta.

Ambientes internos e externos

Cada tipo de tinta é destinado para uma situação específica. Entre elas estão que exalam ou não o odor do material, antimofo e com ação antibactericida, entre outras especificidades encontradas no mercado de construção. Contudo, é preciso analisar também qual ambiente ela será aplicada – na parte interna ou externa do imóvel. Por mais que uma tinta de área externa também possa ser aplicada internamente, o contrário pode acabar não dando um resultado satisfatório. “Na parte interna da casa podemos contar com o látex ou acrílico. Já na parte externa, o recomendado é trabalhar apenas com o acrílico”, recomenda a profissional.

Pintura em áreas úmidas

Quando o assunto é pintar um ambiente úmido como lavanderias, banheiros e cozinhas, existem dois tipos de tintas indicados para os locais. A primeira delas é a acrílica, que oferece maior resistência em relação à umidade: algumas marcas contam com proteção antimofo e também são laváveis. Para garantir maior durabilidade do produto, em alguns casos é recomendada a utilização de um selador como estratégia para preparar a superfície antes da pintura. Outra indicação para áreas molhadas são as tintas tipo epóxi, reconhecidas como as mais resistentes do mercado, com alta durabilidade e capacidade de impermeabilização.

Neste dormitório, a profissional optou pela cor azul jeans. Como se trata de uma superfície irregular, Marina optou pela tinta látex.

Acabamento de tinta

Cada ambiente da casa necessita de acabamentos de tinta diferentes. Esse cuidado com a parede vai além da questão de estética, uma vez que escolher a textura ideal de uma superfície resulta em mais longevidade e menos dor de cabeça. Para paredes sem imperfeições, o acabamento mais indicado é o semibrilho, que oferece boa resistência em áreas molhadas, evitando a proliferação de mofo no ambiente, e traz uma textura reluzente. “É ótima para quartos infantis, já que resiste a arranhões, riscos e é de fácil limpeza”, orienta Marina.

O acabamento acetinado é outro estilo recomendado para ambientes molhados e harmoniza super bem com os tons mais claros. Porém, o retoque desse tipo de acabamento é um pouco mais difícil de ser feito: com isso, o ideal é que a parede escolhida não fique suja com facilidade. Já o acabamento fosco é perfeito para revestir paredes com imperfeições, visto que ajuda a disfarçar a diferença no nível da superfície. No entanto, não é recomendado para qualquer tipo de ambiente, pois suja com facilidade, é limpeza com complicada e pouca resistência à água.

Renovando a pintura

Por mais que tipo de tinta tenha um tempo de vida útil, o desgaste e a renovação da pintura dependerá de fatores como clima, exposição ao sol e forma de aplicação, entre outras questões. Entretanto, quando se utiliza tinta de boa qualidade e as paredes são preservadas de agressões, a pintura pode ser mantida por até 10 anos. De acordo com Marina, os principais indicadores para uma nova pintura são fatores como bolhas, desbotamento e descascamento. “Esses ‘sintomas’ mostram para o morador que já hora de dar uma renovada na pintura. Eu recomendo a cada 5 anos, pelo menos”, aconselha.

Outras superfícies

A pintura de uma casa não se restringe apenas às paredes, haja vista as cores nos ambientes também estão presentes em outras superfícies como portas de madeira e metal, por exemplo. Nestes casos, Marina recomenda o uso de esmalte acetinada, à base de água, pois o produto com solvente pode amarelar com o tempo se a tinta for branca.

A arquiteta faz questão de lembrar de outra parte dos ambientes que também tem muita importância. “Não podemos nos esquecer do teto, pois ele é tão importante quanto a parede. Nesta área, a melhor opção é o látex fosco que tem boa durabilidade, fácil aplicação e é resistente ao mofo”, finaliza.

Fotos: Evelyn Müller/Divulgação | Fonte: Assessoria
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