Amamentação não é prejudicada pela vacinação contra a Covid-19

Por Ester Ellwanger

Agosto é o mês escolhido para reforçar a importância do aleitamento materno e, em tempos de preocupação redobrada com a saúde, vacinação e protocolos de higiene, surgem dúvidas com relação a este contato tão próximo entre mãe e bebê.

A enfermeira da Gerência de Saúde do Sesc/RS, Manoella Moraes da Silva, esclarece que a amamentação após o recebimento da vacina contra a Covid-19 é segura, segundo as autoridades em saúde. “A amamentação transmite à criança alguns anticorpos produzidos pela mãe, o que é importante para o fortalecimento do sistema imunológico do bebê que ainda não está com a vacinação completa durante os primeiros meses de vida. A vacina da Covid-19 não interfere no aleitamento. A única restrição é quanto à vacina da febre amarela. Neste caso, recomenda-se a suspensão da amamentação por dez dias. No caso da Covid, mesmo a mãe que esteja com sintomas leves da doença pode continuar amamentando, desde que reforce os cuidados como higienização e uso de máscara”, diz a enfermeira.

 

A amamentação transmite à criança alguns anticorpos produzidos pela mãe, o que é importante para o fortalecimento do sistema imunológico do bebê que ainda não está com a vacinação completa durante os primeiros meses de vida.”

Segundo a nutricionista da Gerência de Saúde do Sesc/RS, Laís Souza da Silva, manter o aleitamento exclusivo durante os seis primeiros meses de vida do bebê traz outros benefícios que se estendem a longo prazo. “A criança que é alimentada com leite materno terá mais facilidade na introdução alimentar, ou seja, aceitará melhor novos alimentos, que podem ser apresentados a ela depois dos seis meses de vida. Até esta idade, a recomendação é o aleitamento exclusivo, ou seja, não oferecer água, chás, outros tipos de leite ou papinha, porque estes líquidos podem prejudicar na absorção dos nutrientes do leite materno”, esclarece ela dizendo que há ainda a recomendação de que o aleitamento materno seja mantido até os 2 anos de idade.

A criança que é alimentada com leite materno terá mais facilidade na introdução alimentar, ou seja, aceitará melhor novos alimentos.”

Além das vantagens para a saúde dos bebês, Manoella acrescenta benefícios para as mães, como redução do risco de câncer de mama, tendo uma melhor recuperação no pós parto, pois a liberação de hormônios durante a amamentação acelera o útero a retomar ao seu tamanho normal e também têm ação contraceptiva (mantendo o aleitamento exclusivo durante os seis meses).

Para que a experiência seja saudável e traga ganhos tanto para a mulher quanto para o bebê, Laís recomenda que a mãe observe com atenção a sua alimentação durante este período evitando alimentos ultra processados, gordurosos ou com muito açúcar, investindo em pratos coloridos e variados, aumentando a ingestão de água e reduzindo o consumo de itens com cafeína, já que a substância pode influenciar no sono do bebê e causar algum desconforto gastrointestinal.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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