A Associação dos Familiares e Amigos do Down Vinte e Um (Afad-21) foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo na sessão plenária desta segunda-feira (23) pelos 25 anos de trabalho voltado à inclusão e apoio a pessoas com Síndrome de Down e seus familiares. A homenagem foi proposta pela bancada do Progressistas (PP), formada pelos vereadores Cristiano Coller, Deza Guerreiro e Giovani Caju.
Com sede no bairro Rio Branco, a Afad-21 atende 130 pessoas com trissomia do cromossomo 21 – sendo 80 residentes em Novo Hamburgo e 50 de outros municípios da região. Mais de 260 familiares e cuidadores participam da rotina da entidade, que envolve cerca de 390 pessoas diretamente.
A associação conta com equipe multiprofissional nas áreas de Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Psicologia e Estimulação Precoce. O objetivo principal é garantir a inclusão social, escolar, no mercado de trabalho e na vida comunitária.
História da Afad-21
Fundada em 2000 por Gecy Klauck, a Afad-21 hoje é presidida por Rochele Grings Thomaz e coordenada por Viviane Aline de Souza. A entidade desenvolve diferentes projetos voltados a cada faixa etária:
Grupo de Convivência: apoio a famílias e cuidadores;
Novo Olhar (0 a 3 anos): estímulos iniciais e orientação;
Brincando e Aprendendo (4 a 12 anos): desenvolvimento lúdico e pedagógico;
SuperAção (13 a 19 anos): oficinas de autonomia e fortalecimento pessoal;
Galera 21 (20 a 60 anos): preparação para o trabalho e vida comunitária.
Repercussão na Câmara
O presidente da Câmara, vereador Cristiano Coller (PP), destacou que o trabalho da entidade é guiado “pelos valores da empatia, respeito, acolhimento, ética, autonomia e compromisso social”.
O vereador Giovani Caju (PP), por sua vez, afirmou que a entidade atua em uma luta por pessoas que precisam. “Parabéns à Afad. Que tenha vida longa e apoio de toda a sociedade”, destacou o parlamentar.
A vereador Deza Guerreiro (PP) parabenizou a entidade pelos 25 anos de história e dedicação. “Um exemplo de amor, luta e comprometimento com uma sociedade mais justa e humana”, pontuou Deza.
A vereadora Daia Hanich (MDB) expressou gratidão pelo trabalho desenvolvido pela Afad-21. “Me senti muito acolhida pela associação”, destacou a parlamentar.
O vereador Felipe Kuhn Braun (PSDB) ressaltou o impacto da entidade na comunidade. “A diferença na vida das crianças e jovens é fundamental. Todos somos diferentes, todos somos especiais”, reforçou o vereador.
O vereador Ricardo Ritter – Ica (MDB) também enfatizou o serviço prestado. “Estamos satisfeitos com o trabalho realizado. Sucesso a toda a instituição”, destacou Ica.
O vereador Éliton Ávila (Podemos) ressaltou o legado da instituição e desejou futuro próspero. “A Afad construiu um legado. Que novos investimentos ajudem a alcançar ainda mais objetivos”, declarou o parlamentar.
O vereador Juliano Souto (PL) elogiou a garra dos trabalhadores da entidade. “Criar uma criança com qualquer condição genética exige coragem e determinação. Vocês são guerreiros”, enfatizou Souto.
A vereadora Professora Luciana Martins (PT) defendeu a causa da instituição. “Precisamos de políticas públicas que garantam que elas realizem seus sonhos. Inclusão é um direito”, salientou a parlamentar petista.
O vereador Joelson de Araújo (Republicanos), concluiu as homenagens com um questionamento: “como seria se não existisse a Afad? Um trabalho essencial para nossas crianças e adolescentes.”
Agradecimentos da entidade
Durante a sessão, os vereadores da bancada do PP entregaram um quadro comemorativo à entidade. Representando a Afad-21, Gecy Klauck e sua filha, Maíra Maria Klauck, usaram a tribuna para agradecer. “Saudamos todos os pais que confiaram nesta causa. Não sabíamos onde chegaríamos, mas sonhamos este momento. Isso aqui é mágico. Vocês não têm noção do que passa no nosso coração”, comentou Gecy.
Maíra, de 30 anos, formada no ensino médio e atuando como consultora de bem-estar, destacou a história da entidade. “O que nossos pais sonharam há 25 anos hoje é realidade. Somos protagonistas das nossas histórias. Estudamos, trabalhamos e defendemos nossos direitos. Queremos uma sociedade justa e igualitária, com o poder público ao nosso lado”, declarou a representante da entidade.
A presidente Rochele Grings Thomaz, que não tem filhos com a trissomia, também se manifestou. “Queremos que a sociedade enxergue essas pessoas como sujeitos, muito além da síndrome. A inclusão não é um favor, é um direito”, destacou Rochele.


