A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no âmbito do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados, apresentam, no próximo dia 16 de julho, o Estudo do Mercado Chinês de Calçados. Realizado pela Apex-Brasil, o estudo traz dados, projeções e oportunidades do mercado naquele país. A apresentação ocorrerá na forma digital, a partir das 14 horas, e será conduzida por Pedro Netto, analista da gerência de Inteligência de Mercado da Agência, com participação da coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck.
Considerado o maior mercado consumidor de calçados do planeta, a China movimenta mais de US$ 62 bilhões em vendas somente no setor, com um crescimento anual estimado em mais de 3% nos últimos anos. “A Apex-Brasil dispõe de uma área de Inteligência de Mercado que realiza diversos estudos, utilizando bases de dados amplas e qualificadas e mapeando oportunidades de negócios para vários produtos e em diversos mercados. No caso deste estudo sobre oportunidades para calçados brasileiros na China, identificamos os principais desafios e oportunidades, passando por temas como o aumento da demanda por calçados com design, tecnologia e sustentabilidade e a relevância do comércio eletrônico”, comenta Pedro Netto.
Comércio eletrônico
A grande oportunidade está no comércio eletrônico, que já responde por uma fatia de mais de 30% do total gerado com vendas de calçados no país. Segundo Priscila, neste contexto, o cross-border e-commerce tem se tornado cada vez mais relevante, atendendo a crescente demanda dos consumidores por produtos importados. “E, como em todo mundo, esta modalidade foi ainda mais impulsionada durante a pandemia do novo coronavírus e as restrições das vendas físicas”, comenta a coordenadora.
Importações
Reportando importações totais de calçados equivalentes a mais de US$ 3,9 bilhões (2018), a China é um mercado crescente para o setor. Mesmo com incremento nas importações de calçados brasileiros desde 2015, passando do registro de US$ 10,5 milhões para US$ 18 milhões em 2018 – dado mais recente reportado –, o mercado ainda tem muito a ser desbravado pelos calçadistas verde-amarelos. “Somos apenas o 12º fornecedor de calçados para a China e quase 50% do que exportamos para lá são produtos de menor valor agregado. Existe um mercado em expansão para produtos de maior valor agregado, especialmente nos segmentos infantil, feminino e de esportivos em geral”, comenta Priscila, ressaltando que, até 2022, a China deve movimentar mais de US$ 77 bilhões por ano com a venda de calçados.
O estudo realizado pela Apex-Brasil aponta, ainda, as oportunidades do mercado chinês, dicas e soluções para a inserção de marcas naquele país, regulamentações e acordos comerciais em voga, entre outras questões de interesse do exportador brasileiro. Durante o webinar, o impacto da Covid-19 no mercado também será discutido pelos debatedores.