O impulso que faltava para conquistar aquela tão sonhada vaga no mercado de trabalho pode ser dado agora. Um convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul vai proporcionar capacitação e qualificação profissional a pessoas que estejam desempregadas ou subocupadas, tornando-as aptas a exercerem uma nova atividade. Trata-se do Programa RS Qualificação, que está destinando para o município 245 vagas em 12 diferentes cursos profissionalizantes.
Um ato de lançamento foi realizado na manhã desta sexta-feira, 15, no Salão Nobre do Palacinho e contou com a presença da prefeita Helena Hermany e do delegado regional da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Atílio Puntel, que representou o governo do Estado. Também participaram vereadores, secretários municipais, representantes do FGTAS Sine, Senai e Senac, coordenações dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e servidores municipais.
Santa Cruz do Sul está entre as 200 cidades do Rio Grande do Sul contempladas com os cursos e pela quantidade de vagas disponibilizadas só ficou atrás de Porto Alegre. Para viabilizar o programa, o Estado vai repassar R$ 131.979,07 e a contrapartida do município será no valor de R$ 39.597,73 mil. “É um programa que chega para o desenvolvimento de toda Santa Cruz, alcança as famílias que mais precisam, para que através da dignidade do trabalho elas possam ter bem-estar, renda e uma vida social justa”, disse Puntel.
Parceira fundamental na condução do programa, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social ficará responsável pelas inscrições para preenchimento das vagas no Cras Central e também pela captação dos alunos nos territórios de abrangência do Cras Integrar, no Bairro Bom Jesus, e Cras Beatriz Frantz Jungblut, no Bairro Santa Vitória. As inscrições inicia na semana que vem e será dada ampla divulgação dos cursos junto às famílias incluídas no CadÙnico e participantes dos projetos sociais da prefeitura.
Para a prefeita Helena Hermany, é fundamental que cada aluno inscrito no programa seja acompanhado durante todo o tempo de duração do curso. “Eu sempre defendi que o melhor trabalho social é proporcionar qualificação para que as pessoas possam se inserir no mercado de trabalho e tocar suas vidas com autonomia. Esse acompanhamento deve acontecer do começo ao término do curso, saber se o aluno é frequente, se ele não foi na aula, saber porque não foi, estar ao lado, incentivar nessa caminhada”, frisou.
Em sua manifestação, a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, reiterou o pedido da prefeita para que desenvolvimento econômico e social caminhem juntos dentro do governo municipal. “Essa transversalidade é muito importante, esses cursos foram pensados em consonância com o que o mercado precisa. Hoje faltam pessoas qualificada para preencher vagas de emprego e nosso desafio é buscar esse público”.
Os cursos serão desenvolvidos nas escolas do Senai e do Senac. O primeiro vai ofertar capacitação para formação de torneiro mecânico, soldador, mecânico industrial, leitura e interpretação de desenho industrial, operador de empilhadeira e robótica. Já o segundo terá formação de técnicas em vendas, técnicas básicas de auxiliar administrativo, logística – gestão de estoque, vendedor de alta performance, técnicas de atendente comercial e analista de marketing digital em mídias sociais.
Desafio é formar alunos para atender o perfil que o mercado demanda
Durante o lançamento do Programa RS Qualificação, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, fez uma apresentação detalhada do convênio e destacou que o desafio a partir de agora é buscar o público para preencher as vagas. “Temos que direcionar esforços para atingirmos nossos objetivos e alcançarmos 99,9% de presença nos cursos”, observou.
Cechinato destacou a qualidade da formação que está sendo proporcionada através de instituições de reconhecimento nacional como o Senai e o Senac e também a questão da gratuidade. “Se hoje alguém for buscar uma dessas instituições não vai pagar menos de mil e duzentos, mil e quatrocentos reais por um curso profissionalizante, então é uma grande oportunidade”, afirmou.
Jovens com idade entre 18 e 24 anos, que não trabalham e nem estudam são para ele uma preocupação e devem ser um dos alvos do programa. A chamada “geração nem nem”, apontada frequentemente em pesquisas, não consegue seguir no estudo formal e encontra dificuldades para se inserir no mercado de trabalho por diversas causas.
Segundo Cechinato, vários municípios que firmaram convênio para o RS Qualificação terão que devolver recursos porque não conseguem atrair público. “Temos que comunicar e chamar as pessoas, o RS Qualificação é um programa ambicioso por parte do Governo do Estado e mais uma vez Santa Cruz é diferenciada, somos a segunda cidade mais aquinhoada com vagas, ficamos atrás apenas de Porto Alegre”, comemorou.