As exportações brasileiras de ovos (considerando produtos in natura e processados) totalizaram 9,474 mil toneladas em 2022, volume 16,5% menor que o realizado no mesmo período de 2021, com 11,346 mil toneladas. Em receita, as vendas do ano passado chegaram a US$ 22,419 milhões, resultado 24,2% superior ao registrado no ano anterior, com US$ 18,054 milhões. Foi o melhor resultado registrado desde 2015. Em dezembro de 2022, as vendas de ovos alcançaram 431 toneladas, volume 82,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2021, com 2,492 mil toneladas. A receita registrada no mesmo período chegou a US$ 1,296 milhão, valor 67,5% inferior que os US$ 3,991 milhões registrados em dezembro do ano anterior.
Conforme o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, as exportações geraram lucro para o Brasil. “Ao mesmo tempo que não impactaram a oferta interna de produtos, as exportações de ovos no ano passado geraram divisas relevantes para o país, em um momento especialmente importante diante da alta histórica dos custos de produção. Neste contexto, a realização da Copa do Mundo gerou bons números para os embarques”, afirma.
Principais mercados
Entre os destaques de 2022 estão os Emirados Árabes Unidos, que embarcaram 4,453 mil toneladas, volume 35,6% menor que o realizado no mesmo período de 2021, com 6,915 mil toneladas. Mesmo assim, o volume representa o maior resultado da lista dos maiores importadores de ovos do Brasil. Outro destaque foi o Catar, país sede da Copa do Mundo, que ocupou o segundo posto no ranking de exportação com 1,107 mil toneladas, número 127,8% superior ao registrado em 2021, com 486 toneladas. No terceiro lugar está o Japão, que importou 1,093 mil toneladas, desempenho 6,6% inferior ao registrado em 2021, com 1,171 mil toneladas.
O diretor de mercados da ABPA, Luis Rua comenta sobre o setor. “Os principais países compradores dos ovos brasileiros são mercados de alto valor agregado, o que gerou receitas importantes para a avicultura de postura, especialmente em um ano muito desafiador para o setor, que enfrentou altas históricas dos custos de produção”, avalia . “O mercado doméstico é e continuará sendo o grande foco das empresas produtoras, mas, ano após ano, novos mercados têm sido abertos e a expectativa é que, passo a passo, o Brasil vá aumentando a participação em mercados importantes, como é o caso do México, por exemplo”, continua.