11º Fórum Instituto Unimed/RS esgotou bilheteria e reuniu mais de mil pessoas

Por Marina Klein Telles

Em sua 11ª edição, o Fórum Instituto Unimed/RS reuniu, no Teatro do Bourbon Country, cerca de mil pessoas para debater com alguns dos principais nomes pensantes do país. O “livre pensar” foi o conceito norteador para os temas trabalhados pelos palestrantes. A jornalista Alice Bastos Neves mediou o encontro, que contou com participações do presidente da Unimed Federação/RS, Nilson Luiz May, especialista em inovação e empreendedorismo Allan Costa, do economista Eduardo Giannetti, do jornalista e comentarista de política e assuntos internacionais Demétrio Magnoli e do historiador Leandro Karnal.

A programação vespertina começou com uma intervenção artística do Quarteto de Cordas da Ospa e do ator Henri Pagnoncelli, que interpretou “Tragédia de Júlio César’’, de William Shakespeare. Na sequência, o último painel da edição teve como tema “Sociedade, Economia e Pensamento Liberal”. A mesa contou com a presença de Luís Artur de Barros Nogueira, Fernando Schüler, Allan Costa e Demétrio Magnoli. Costa focou sua fala no mundo empresarial, especificamente no método ESG (Environmental, Social e Governance). ‘’O ESG autêntico é fundamental, mas é desvirtuado pela igualdade vazia, a inclusão pela simples inclusão, sem propósito’’, diz.

Magnoli abordou em sua fala um panorama da geopolítica global da Segunda Guerra Mundial até agora, salientando o papel do Brasil nesse novo momento: “É preciso cuidar de um mundo cada vez mais inseguro e de maior polaridade. O Brasil precisa focar estrategicamente nas possibilidades de novas relações internacionais”. Fernando Schüler ressaltou que vivemos o grande desafio da Revolução Tecnológica. “Estamos transitando pela ‘loucura’ religiosa e passando pela loucura política. Cada pessoa encampa a ideia que lhe convém”.

Encerrando as atividades do Fórum, Eduardo Giannetti abordou o valor do amanhã. O economista iniciou a fala ao comentar sobre o declínio na taxa de fecundidade brasileira e traçou um panorama, aliando a temas como maior escolaridade e urbanização. “Quando a base da pirâmide etária alargou, deveríamos ter tomado medidas para oferecer condições de vida e capital humano adequado”, diz. Sobre essa óptica, salientou que o país necessita de maior investimento no capital humano: “Demos enorme ênfase, algo de fundamento da psicologia social, em capital físico: rodovias, indústrias, urbanização. É preciso ressaltar que não seremos uma potência sem uma base de capital humano qualificado”.

Giannetti também destacou a maior expectativa de vida e como as pessoas devem se preparar para tal realidade, refletindo sobre temas como matrimônio e trabalho. “Viver mais tempo muda completamente as relações que estabelecemos ao longo da vida em diversos campos – aquele mousse de chocolate e o cigarro vão cobrar juros mais altos; a pessoa com quem escolhemos casar também deve ser ainda mais considerada”, brinca.

Foto: Fabiano Panizzi/divulgação | Fonte: Assessoria
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