Universidade de Passo Fundo promove plantio de 400 novas mudas de araucárias em reserva florestal

Por Amanda Krohn

Biólogos, professores e acadêmicos da Universidade de Passo Fundo (UPF)  iniciaram o plantio de 400 mudas na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Fundação Universidade de Passo Fundo. A área florestal conta com 32,2 hectares de áreas naturais protegidas e que abriga 60 araucárias. O objetivo da ação é a preservação da espécie, que é ameaçada de extinção e fundamental para a conservação da fauna silvestre. As primeiras dez mudas já foram plantadas e a expectativa é que o processo esteja concluído ainda no primeiro semestre de 2023.

Como a planta enfrenta dificuldades de se regenerar naturalmente dentro das florestas, neste primeiro momento, foi iniciado o processo de enriquecimento florestal, que deve prosseguir no próximo ano com o manejo. O coordenador do Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (Lamvis) da universidade, professor Jaime Martinez, afirma que a planta precisa de cuidados específicos para se desenvolver. “A araucária depende do homem, porque não consegue competir com as demais plantas que crescem muito rapidamente e a deixam na sombra”, explica. “Ela necessita da ação externa até que acesse o teto da floresta, com pleno sol. A partir daí, a árvore consegue se manter sozinha”, continua.  Ele acrescenta que a ideia é criar uma área protegida para a preservação da espécie, com novos exemplares que substituirão as árvores antigas quando morrerem.

A araucária depende do homem, porque não consegue competir com as demais plantas que crescem muito rapidamente e a deixam na sombra

Para a reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, a iniciativa está alinhada com um dos pilares do ensino na universidade, que conecta teoria e prática além das salas de aula e laboratórios. “Nossas ações precisam atender aos anseios e necessidades da comunidade na qual estamos inseridos”, observa. “E nada mais importante do que o cuidado com o meio ambiente, engajando as futuras gerações em soluções que garantam a preservação e a sustentabilidade”, completa. A reitora acrescenta que a instituição é uma das 39 brasileiras certificadas com o UI GreenMetric, um ranking de sustentabilidade desenvolvido anualmente pela Universidade da Indonésia, que reconhece 1.050 universidades do mundo inteiro que fazem esforços para reduzir a geração de gás carbono e ajudar no combate global às mudanças climáticas.

O projeto é uma parceria entre o Laboratório de Manejo da Vida Silvestre, o Green Office, a Floresta Nacional de Passo Fundo e o Projeto Charão/Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA). A ação integra o projeto Sequestrando carbono com árvores nativas estratégicas para a fauna silvestre, desenvolvido pelo Lamvis. O objetivo é buscar árvores gigantes na região de Passo Fundo e cidades vizinhas, que serão selecionadas para se tornarem matrizes. As sementes desses exemplares devem produzir mudas de boa genética a serem utilizadas para manejo, pensando em melhorar condições de vida da fauna silvestre.

Fotos: Tainá Binelo/Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.