O esporte tem se democratizado cada vez mais. Prova disso foi a grande repercussão que a Copa do Mundo de Futebol Feminino teve nos últimos dias. Quem sempre lutou pelo espaço e valorização das mulheres no futsal é o casal Arno, 80 anos, e Etel Feldmann, 76.
Eles receberam homenagens na final do Campeonato Aberto de Futsal Feminino pelos serviços prestados ao município de Estância Velha na direção da Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Chimarrão. Na tarde desta quarta-feira (10) foi a vez da prefeita Ivete Grade entregar um certificado de gratidão ao casal, que vestia o agasalho do clube verde e branco do bairro Lira.
“Quando recebi o troféu (na final do futsal) eu pensei que era para entregar para as campeãs. Quando vi que tinha nossos nomes, me emocionei”, contou Etel sobre o momento das primeiras homenagens. Ela agradeceu os certificados entregues pela prefeita Ivete e ressaltou o quanto são importantes momentos como esses.
Falante e muito ativa, dona Etel lembrou com felicidade momentos vividos no Chimarrão. “Foi inesquecível o que vivemos. Conhecemos muitas pessoas e fizemos amizades. Agora continuamos por lá, sempre que tem uma promoção”, afirmou a ex-diretora, que deu uma sugestão: “poderia ser criado aqui na Prefeitura uma Secretaria de Esportes. Com isso teria mais recursos para apoiar a todos, não só o futsal feminino”.
Renato Quaresma, da Coordenadoria Municipal do Desporto (CMD) lembrou como foi a ideia das homenagens. “Eles sempre participaram muito do esporte e lutaram para que as coisas acontecessem. O Ramon Keller (também do CMD) deu a ideia, eu passei para a prefeita que prontamente deu apoio”, afirmou.
A prefeita Ivete agradeceu a dedicação do casal ao esporte e ressaltou que as homenagens foram mais que merecidas.
“Ficamos muito felizes com a atuação de vocês no futsal. É uma vida toda dedicada ao esporte e ao Chimarrão”.
Histórias que emocionam
Questionado sobre quantas vezes o clube foi campeão estadual, seu Arno Feldmann foi enfático: “13 vezes campeão”. Orgulhoso, ele ainda destacou as conquistas nacionais. “Tivemos mais três brasileiros e um nacional”, completou.
Etel afirmou que, além do preconceito de muitos com a modalidade, as críticas incomodavam. “Os bastidores quase ninguém vê. Em muitas vezes íamos atrás do que era preciso para lavar roupas e fazer a comida, para economizar nas viagens. Mas tudo são histórias que emocionam quando a gente lembra”, finalizou a senhora que é, junto com Arno, a cara do futsal estanciense.
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