Um em cada cinco brasileiros dirige usando celular

Por Gabrielle Pacheco

Segundo dados do Ministério da Saúde, 19,5% da população das capitais brasileiras afirma que faz o uso do celular enquanto dirige. O percentual mostra que de cada cinco indivíduos, um comete esse ato que é um risco para acidentes de trânsito.

A divulgação do dado inédito é do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, que também aponta que as pessoas com idade entre 25 e 34 anos (25,1%) são as que mais assumem esse comportamento de risco.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte entre os 15 e 29 anos, a segunda entre os 5 e 14 anos e a terceira dos 30 aos 44 anos.

“Tão essencial quanto alertar sobre essas mortes é advertir sobre o impacto pessoal e social que acontece com os sobreviventes e suas famílias. Afinal, por ano, cerca de 600 mil pessoas ficam com sequelas permanentes, como dificuldade e até impossibilidade de se locomover e, consequentemente, de trabalhar, estudar, etc. Junte a isso o longo tempo de recuperação do acidentado e o sofrimento e o prejuízo financeiro dele e de sua família por meses e até anos”, explica Moisés Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

O médico ortopedista Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT, explica que os ortopedistas atendem a maioria das vítimas de traumas de trânsito, sendo muitos de alta complexidade, o que onera bastante o custo da saúde pública e privada. “75% dos leitos de trauma dos hospitais públicos no país estão ocupados com vítimas do trânsito”, afirma o ortopedista.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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