Trensurb adere à mobilização nacional “Brasil Sem Misoginia”

Por Marina Klein Telles

Na tarde de segunda-feira (27), o diretor-presidente da Trensurb, Fernando Marroni, e a diretora de Administração e Finanças, Vanessa Rocha, assinaram o termo de adesão da empresa à iniciativa Brasil Sem Misoginia. Promovida pelo Ministério das Mulheres, a ação busca conscientizar e mobilizar a sociedade para o enfrentamento à misoginia enquanto raiz de todas as formas de violência contra as mulheres.

A proposta é realizar uma mobilização nacional de todos os setores— governos, empresas, sociedade civil, ONGs, movimentos sociais, entidades, instituições de ensino, torcidas organizadas, times de futebol, grupos religiosos, artistas, entre outros — com o objetivo de enfrentar a misoginia – o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Através de seu Núcleo de Apoio à Diversidade, a Trensurb irá promover ações de sensibilização e informação sobre o tema da violência contra a mulher junto aos usuários e usuárias nas estações, em parceria com as secretarias e coordenadorias da Mulher de Canoas, Esteio, Sapucaia e São Leopoldo.

Na Estação Mercado, em Porto Alegre, o enfoque será o diálogo com os homens em parceria com a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra à Mulher. “A nossa empresa tem a responsabilidade de tratar desses temas transversalmente. Penso que o nosso Núcleo está dando uma grande contribuição”, afirma o diretor-presidente Fernando Marroni. Ele também destaca a importância de tratar do assunto internamente e de se “fazer essa sensibilização dos nossos trabalhadores para este tema tão importante”.

Para a diretora Vanessa Rocha, “enfrentar a misoginia é um passo estratégico para que possamos de fato ter um país que garanta os direitos das mulheres”. Ela considera a iniciativa do governo federal em criar a proposta do Brasil Sem Misoginia como “um marco nessa luta histórica”. E, segundo a diretora, “a Trensurb se soma a essa causa com toda força que requer uma pauta desta importância, pois o objetivo de estimular o debate sobre o tema e a execução de ações diversas de enfrentamento à misoginia é fundamental”.

Ceniriani da Silva é integrante do Núcleo de Apoio à Diversidade da Trensurb e participou da organização de atividades durante os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. “A misoginia é o sentimento de repulsa, ódio ou aversão às mulheres, que tem como resultado a desvalorização da mulher na sociedade, humilhação, objetificação,  violência doméstica, assédio e violência sexual e também os feminicídios”, explica ela. “Combater a misoginia é uma tarefa de toda a sociedade, e a Trensurb, enquanto empresa pública, assume também esta responsabilidade construindo um calendário de ações durante os 21 de Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, completa.

Os 21 Dias de Ativismo baseiam-se em uma mobilização internacional chamada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que ocorre todos os anos, com início em 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, indo até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, 6 de dezembro. No Brasil, as ações estendem-se por 21 dias, tendo início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra – considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra.

Foto: Juliano Lannes/divulgação | Fonte: Assessoria
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