Torneio de Xadrez no Palacinho insere jogadores em cenário medieval

Por Marcel Vogt

Em um ambiente que remonta aos palácios da Idade Média, jogadas que testam a mente e o espírito competitivo foram postas em xeque na noite de segunda-feira (25). Realizado no Palacinho da Praça da Bandeira, o 1º Torneio dos Campeões de Xadrez teve como cenário o prédio sede da Prefeitura, edificado em 1889 em estilo que remete à arquitetura antiga, onde hoje funciona o gabinete da prefeita Helena Hermany. O espaço, que é um dos mais simbólicos da cidade, liga o presente ao passado e foi escolhido para sediar a competição em alusão ao aniversário de 145 anos do município, comemorado na próxima quinta-feira, 28.

Organizado pela Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Esportes, o Torneio colocou frente a frente campeões de xadrez das escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul, além de competidores externos. No Salão Nobre do edifício – onde mesas, cadeiras, quadros e lustres lembram os palácios da era medieval – 32 jogadores, com idades que vão de cinco a 59 anos, acionaram táticas de estratégia e concentração para movimentar peças em tabuleiros de 64 casas que remetem às hierarquias políticas, militares e sociais da época.

Idealizador do evento, o secretário da pasta, Everson Carvalho de Bello, que celebrou com alegria o momento, explicou o intuito da iniciativa: “a prática do xadrez está intimamente ligada à gestão da prefeita Helena e do vice Elstor, pois exige estrategicamente dos praticantes atributos idênticos aos exigidos dos bons gestores, por isso escolhemos o Palacinho como palco dessa atividade”.

As partidas foram arbitradas pelo professor Flávio Schedler, competidor aposentado e tetracampeão do esporte na cidade. Na visão dele, os benefícios do xadrez contemplam o desenvolvimento pessoal, cognitivo e cultural dos participantes. “É uma maneira de contribuir para que as crianças não fiquem só nas telas, fazendo integração com os próprios amigos e familiares”, destacou.

Briana e Maia foram as competidoras mais jovens

Com apenas cinco e seis anos, respectivamente, Briana Batista Schedler e Maia Coan exibiram muita maturidade durante a partida, carregada de seriedade, concentração e foco, que durou aproximadamente uma hora e 30 minutos. Estudante do Colégio Mauá, Briana já acumulava cinco troféus e, com mais uma vitória na noite de ontem, recebeu das mãos do secretário Bello sua sexta premiação; para ela, no entanto, o mais importante é participar, para aprimorar os conhecimentos no “jogo dos reis”, que pratica diariamente com a família em casa. A adversária Maia, que estuda na Escola Marista, aprendeu a jogar aos três anos, na creche, quando frequentava a Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso Infantil; ela levou uma linda medalha para casa e relatou sua paixão pelo esporte: “eu gosto porque é um jogo de paciência e concentração, porque eu sou muito dos números”.

Paixão que passa de pai para filho

Na categoria veteranos, Luciano Rabusque, de 51 anos, levou a melhor, vencendo o adversário Norton Krindges, 59. Ambos participaram com incentivo de familiares, que vieram ao Palacinho prestigiar as jogadas. Norton, apesar de não ter conseguido seu almejado troféu de 1º lugar, saiu do Torneio com a sensação de dever cumprido ao ver o filho, Eduardo, de 11 anos, vencer a categoria Sub 12. Ele, que joga desde a adolescência, pretende deixar ao filho, como uma de suas maiores heranças, a paixão pelo tabuleiro, adquirida pela participação em campeonatos e torneios que os dois frequentam na cidade e região.

Fotos: Divulgação | Fonte: Assessoria
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