Em agenda em Brasília na manhã da quarta-feira (22), a prefeita Helena Hermany pleiteou a abertura de uma linha aérea, em caráter emergencial, de Santa Cruz do Sul a outro município gaúcho que permita conexões com São Paulo.
O pedido foi apresentado ao ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho. O deputado federal Heitor Schuch e o secretário municipal de Saúde Fabiano Dupont também participaram da reunião.
Os voos comerciais entre o Aeroporto Luiz Beck da Silva e Porto Alegre estão suspensos desde o fechamento do Salgado Filho, em virtude da enchente. A avaliação das autoridades é de que o serviço não seja normalizado antes de setembro. “Desta forma, além de todos os prejuízos que nossa região está sofrendo em virtude da chuva, também ficamos ilhados no que diz respeito a malha aérea”, ponderou Helena. Entre os aeroportos que podem atender a solicitação santa-cruzense, estão os das cidades de Caxias do Sul e de Passo Fundo.
O ministério apresentará a demanda à empresa Azul, companhia aérea que já opera no município, para a instalação da rota emergencial. Existe a possibilidade de que, depois de estabelecida, a nova linha seja mantida em definitivo. A prefeita destacou que a retomada de uma rota aérea também é indispensável para a economia da cidade. “Temos muitas empresas, multinacionais, para as quais esse serviço é mais que necessário para que possam continuar desenvolvendo seus negócios”.
Ampliação da pista – Helena Hermany também requereu a ampliação da pista do aeroporto santa-cruzense. Desta forma, a estrutura se tornará apta para receber aeronaves de maior porte e ofertar voos para mais destinos.
Para alcançar esse patamar, a área de pouso e decolagem precisa ter de 25 a 30 metros de largura e o comprimento precisa passar dos atuais 1.180 metros para 1.300 a 1.500 metros. A chefe do Executivo Municipal foi atendida na solicitação para que o próprio ministério produza o projeto de ampliação, devido às especificidades técnicas que o mesmo requer.
Costa Filho assumiu o compromisso de dar início aos estudos a partir de quinta-feira (23). Para a priorização das demandas santa-cruzenses, também foi levado em consideração o estado de calamidade em que o Estado se encontra, bem como o papel que o município tem cumprido como polo regional no atendimento das cidades atingidas pela enchente.
Helena considerou a atitude do ministro bastante proativa diante dos pedidos apresentados. “Como cidade chave para a distribuição de ajuda humanitária para o Vale do Rio Pardo, é importante também que tenhamos no mínimo um voo, uma conexão com outra cidade que nos ligue ao resto do país,” argumentou.
O ministro também recomendou a realização de um termo de adesão com a Caixa Econômica Federal (CEF) para a definição de uma empresa que execute o projeto. O tema será tratado com a Superintendência de Serviços ao Governo do banco federal. Helena acredita que as tratativas deverão ser bastante ágeis, uma vez que a Administração Municipal já possui outros contratos com a CEF, estando familiarizada aos trâmites exigidos.