Conforme a secretaria municipal da Saúde, até hoje, dia 10, são 8.328 casos notificados e oito óbitos confirmados, a maioria mulheres. A faixa etária mais atingida é entre os 20 e 29 anos seguida dos 30 a 39, ou seja, a população economicamente ativa da cidade. Para trazer mais esclarecimentos sobre o assunto, a jornalista Tatiane Lopes entrevistou a médica veterinária da Vigilância em Saúde de Novo Hamburgo, Julyana Stéfanie Simões Matos. A entrevista também está à disposição da comunidade no YouTube.com/TVCamaraNH.
Doutoranda em Qualidade Ambiental na Universidade Feevale, Julyana destacou quais foram as medidas adotadas pelo município em prol da prevenção do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Uma equipe de soldados do Exército se uniram ao Projeto de Prevenção e Combate à Dengue, convênio firmado entre Feevale e Prefeitura, para auxiliar na vistoria das residências e na eliminação de focos. Segundo a especialista, os bairros mais atingidos em Novo Hamburgo são Diehl e São José, ao norte; Canudos, a leste; Boa Saúde, no oeste; e Santo Afonso, no sul. A ação conjunta garantiu, em um dia de atividade, a visita a 560 lares somente no último bairro mencionado.
A médica veterinária fez um apelo aos hamburguenses para que colaborem na vigilância constante dos possíveis depósitos das larvas do mosquito, ressaltando que os potes de água dos animais de estimação (o líquido deve ser trocado e o recipiente limpo e escovado com material abrasivo para eliminar focos), brinquedos e tampinhas de garrafas são os principais reservatórios. Ela também pediu atenção especial às águas das piscinas, que devem estar sempre cloradas, e ao depósito irregular de resíduos em vias públicas.
Em Novo Hamburgo, além dos ‘fumacês’ – dedetizações realizadas nas ruas da cidade e nos prédios públicos com inseticida aprovado pelo Ministério da Saúde, floriculturas e borracharias estão recebendo visitas semanais para verificação da presença do vetor.