A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul publicou nesta quinta-feira (30) o edital de licitação para contratar a empresa responsável pela construção de sua primeira sede própria. O novo prédio será erguido na rua Marechal Deodoro, 88, com custo estimado de R$ 19,7 milhões e prazo de execução de 36 meses a partir da assinatura do contrato. As propostas das empresas interessadas poderão ser apresentadas até o dia 10 de dezembro de 2025.
Segundo a presidente do legislativo santa-cruzense, vereadora Nicole Weber Covatti (PP), a abertura da licitação representa um avanço importante no processo. “Embora a Câmara Municipal tenha feito um esforço para devolver R$ 5 milhões ao Executivo para ser aplicado na área da Saúde, entendemos que a abertura da licitação para a definição da empresa que vai executar a obra será um passo fundamental para o início dos trabalhos em 2026”, afirmou a parlamentar.
Como será a nova sede
O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo escritório Santini & Rocha, de Porto Alegre, com base em levantamento técnico elaborado pelo engenheiro civil do Legislativo, Geziel da Silva. O prédio terá oito andares e dois subsolos, ocupando um terreno em formato de “L” com 1.902,23 metros quadrados e área construída de 4.605,99 metros quadrados.
A nova sede contará com acesso facilitado ao público, amplos gabinetes para os vereadores, espaços de memória do legislativo e áreas destinadas à visitação de estudantes e à preservação da história da Câmara e do município.
O acesso principal será pela rua Marechal Deodoro, com entrada de veículos pela rua Sete de Setembro. Nos subsolos, estão previstas 28 vagas cobertas e um estacionamento externo para até 40 veículos. O térreo abrigará a recepção, o plenário, uma sala comunitária, refeitório, vestiários e setores administrativos.
Os pavimentos superiores concentrarão o plenário, salas de apoio, plenarinho, cabines de tradução, almoxarifado, memorial, galeria de ex-presidentes e gabinetes parlamentares. O oitavo andar será destinado à presidência e às equipes administrativas da Casa.
A concepção do prédio se baseia em três blocos sobrepostos que unem funcionalidade e simbolismo. O térreo, envidraçado e de acesso público, representa a transparência e a democracia participativa. O volume central, que abriga o plenário, destaca-se pela sobriedade e função deliberativa. Já a torre superior, destinada aos gabinetes, será envolvida por brises que controlam a entrada de luz e proporcionam conforto térmico e privacidade.
Nos fundos do terreno, o projeto inclui um bosque integrado ao conjunto arquitetônico, pensado como espaço de convivência e contemplação, reforçando o compromisso com sustentabilidade e bem-estar urbano.
