Acomissão de segurança do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) se reuniu com representantes de órgãos de segurança pública de Santa Cruz do Sul (RS) na terça-feira, 12 de dezembro, em Santa Cruz do Sul (RS). Há cinco anos o setor mira a segurança dos transportadores e a prevenção de prejuízos com roubos de cargas com a adoção de medidas preventivas. Enquanto em 2019 o setor registrava 26 ocorrências em toda a Região Sul do País, em 2022 foram oito ao total, sendo uma única ocorrência no Rio Grande do Sul. Já em 2023, foram seis ocorrência: quatro de cargas de tabaco cru e duas de tabaco processado (em container) destinado à exportação.
Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, comentou sobre os bons resultados apresentados nas últimas safras com a diminuição do roubo de cargas, em especial do tabaco transportado entre a casa do produtor e a empresa ou seu respectivo ponto de compra. “Mantemos a conscientização dos transportadores, reforçando os cuidados necessários, mas preocupa essa nova modalidade de roubo de carga de tabaco processado, considerando que a movimentação de containers deve ser intensa nos próximos meses”, comentou.
O roubo de dois containers levando tabaco processado ao porto de Rio Grande teve ações muito semelhantes e na mesma região, na BR 471 entre Pântano Grande e a BR 392, conhecido corredor de exportação do setor, mas que são locais mais ermos, sem tanta movimentação e comércios, bem como com pontos onde não há sinal de celular. Prevenir novas ocorrências foi o principal objetivo do encontro entre representantes das empresas associadas com o Major Marcos Migotto Carneiro, chefe do Comando Regional da Brigada Militar; o delegado Regional de Polícia, Luciano Fernandes Menezes; e o tenente Marcio Fontoura, do Comando Rodoviário da BM.
Entre as ações previstas estão o patrulhamento de trechos específicos nos horários de maior movimento dos containers, limitação de horário de trânsito, paradas pré-definidas, movimentação em comboios ou via rotas alternativas, bem como unificação de protocolos de segurança utilizados pelas transportadoras. Também deve ser feito contato com DAER visando melhoria da rodovia para melhor trafegabilidade.
Segundo o delegado Menezes, a investigação está bem avançada, mas enquanto não é concluída precisamos seguir a cartilha de procedimentos de segurança. “Já temos uma noção de autoria e não são de novatos”, informa o delegado. As empresas exportadoras estão avaliando junto com as transportadoras melhorias operacionais para redução do tempo da logística de escoamento da exportação até o porto, a fim de evitar, por exemplo, o transporte noturno. “Se for absolutamente necessária a viagem à noite, as empresas podem entrar em contato previamente para que os órgãos de segurança possam acompanhar com escolta”, reforçou o delegado Menezes.
Os representantes da Brigada Militar reforçaram que a troca de informações de forma rápida e, se possível, prévia dos deslocamentos pode ser decisiva para melhores desfechos, especialmente nos trechos em que não há sinal de telefone. Mais orientações sobre gerenciamento de risco para transportadores podem ser consultadas em folder elaborado pela Comissão de Segurança do SindiTabaco, disponível no site www.sinditabaco.com.br.