A presidente da Câmara Municipal de São Leopoldo, vereadora Iara Cardoso (PDT), protocolou nesta semana uma Moção de Repúdio ao projeto de concessão rodoviária denominado Bloco 1 de Concessões, apresentado pelo governo estadual. A iniciativa da parlamentar leopoldense manifesta oposição à instalação de pedágios em vias regionais como a ERS-239, considerada prejudicial à população trabalhadora e à economia do Vale do Sinos.
De acordo com o texto da moção, a cobrança de pedágio em rodovias de uso intenso na região comprometeria a mobilidade cotidiana e aumentaria os custos do transporte de trabalhadores e mercadorias, afetando diretamente o desenvolvimento econômico dos municípios. O documento destaca que o impacto seria mais severo em cidades com perfil industrial e comercial, como São Leopoldo. “Cidades com forte vocação industrial e comercial, como São Leopoldo, serão penalizadas com o aumento do custo logístico e a perda de competitividade das empresas locais, o que ameaça empregos e renda”, afirma o texto.
Falta de diálogo com a população
A vereadora Iara Cardoso também criticou a ausência de transparência e participação popular na elaboração do projeto. Segundo ela, a proposta foi construída sem audiências públicas ou consultas à sociedade. “Um projeto dessa dimensão, com impactos sociais e econômicos profundos, precisa ser debatido com a sociedade e não pode ser imposto de forma unilateral”, ressaltou a presidente do poder legislativo.
Encaminhamentos oficiais
A moção solicita que o posicionamento da Câmara de São Leopoldo seja encaminhado ao governador Eduardo Leite (PSD), à Assembleia Legislativa, à Secretaria Estadual de Logística e Transportes e às Câmaras Municipais do Vale do Sinos. O objetivo é expressar a indignação da comunidade e solicitar a revisão imediata do projeto de concessões. “Nosso compromisso é com a defesa do interesse público. Não podemos permitir que o direito de ir e vir seja transformado em privilégio. O pedágio nas rodovias do Vale do Sinos representa um retrocesso e uma penalização injusta à população trabalhadora”, afirmou a vereadora Iara Cardoso.

