O governador Eduardo Leite recebeu, na segunda-feira (5), o convite para a 12ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva 2024, que irá acontecer no Olivas de Gramado no dia 16 de fevereiro.
O convite foi entregue no Palácio Piratini pelo sócio-proprietário e azeitólogo, André Bertolucci, que também é diretor de olivoturismo do Ibraoliva, junto com o presidente da entidade, Renato Fernandes, o prefeito de Gramado, Nestor Tissot, o deputado Frederico Antunes e o coordenador da Câmara e do Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva), Paulo Lipp.
Ainda cumprindo agenda de divulgação da abertura oficial da colheita na capital gaúcha, André Bertolucci participou da coletiva de imprensa realizada pelo Ibraoliva, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pela Prefeitura de Gramado. Em pauta a programação do evento, que neste ano dá ênfase à sustentabilidade e informações gerais sobre cultivo, safra e qualidade do azeite extravirgem gaúcho.
Presente na coletiva o secretário da Agricultura, Geovani Feltes, apresentou números que demonstram a força do setor no Rio Grande do Sul, e ressaltou que uma das prioridades é ampliar a presença do azeite extravirgem gaúcho no mercado brasileiro. “São 6.500 hectares com olivais distribuídos por 112 cidades, com 360 produtores e 102 marcas registradas. Temos um terroir diferenciado e nossa produção é colhida verde e processada em 24 horas, o que faz com que a qualidade do nosso azeite extravirgem seja diferenciada dos demais”, afirma.
O presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, destacou que a expectativa é muito positiva e que a escolha do Parque Olivas de Gramado se deu para valorizar a atividade realizada com respeito ao meio ambiente no local, além de valorizar o olivoturismo feito na área. Gramado também foi escolhida para sediar o evento por ter sido a região que menos sofreu com os revezes do clima no ano passado e também por ser o segundo destino mais procurado pelos brasileiros.
Questionado sobre estimativa de produção, o coordenador do Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva) da Seapi, Paulo Lipp, disse que ainda não há uma estimativa sobre a produção de azeite para 2024, mas alertou que deverá ser menor do que a do ano passado devido a fatores climáticos como estiagem seguida por chuvas severas. Outro fator apontado por Lipp é que o desempenho das oliveiras foi muito irregular no sentido de contabilizar as perdas.
André Bertolucci explicou que diferentemente de muitos produtores que foram prejudicados pelo clima de 2023, a produtividade do olival da Olivas de Gramado não foi afetada. “Os estágios de floração, polinização, fecundação e “pegamento” dos chumbinhos (embrião da azeitona, a partir do qual nasce o fruto e onde inicia seu processo de maturação) aconteceram dentro do timing correto e temos previsão de crescimento de 10% a 15% na colheita deste ano”.