O governador Eduardo Leite participou, nesta sexta-feira (15), do painel intitulado “O desafio da elaboração de políticas públicas baseadas em evidências”, na Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos. Leite falou sobre a situação fiscal do Rio Grande do Sul, a experiência como prefeito de Pelotas e os desafios que, hoje, como governador, encontra na gestão pública.
convite para participar do ciclo de palestras e de debates da Columbia, universidade que frequentou como aluno em 2017, foi visto pelo governador como uma oportunidade de ampliar conhecimentos, ouvindo especialistas na área, e de fazer benchmarking daquilo que ocorre em outros países e de quais ferramentas são utilizadas. A viagem não terá gastos para o Estado e foi inteiramente custeada (passagens, hospedagem, traslado e alimentação) pelos organizadores.
“Se há poucos recursos, como é o caso do Estado que governo, e uma vez que isso se reflete em uma capacidade de investimento baixa, as ações que precisamos empreender precisam ser de uma assertividade ainda maior. É preciso ter uma agenda clara. Saber aonde se quer chegar, como se quer chegar e traçar o caminho necessário para isso, a fim de que as prioridades de um governo não se percam em meio às pressões de terceiros que, por sua vez, também têm prioridades. Se não houver uma agenda prioritária, é fácil se perder no meio do caminho”, ponderou o governador.
O governador também citou o excesso de burocracia do sistema público brasileiro como um entrave à implementação de políticas públicas. “A burocracia foi criada para evitar fraudes, mas se tornou excessiva. O governante não consegue transferir a visão pela qual foi eleito para que a máquina corresponda à forma que pretende governar. É um grande desafio fazer com que a máquina pública seja menos um insulamento democrático e as evidências sejam priorizadas”, refletiu.
“O governante não consegue transferir a visão pela qual foi eleito para que a máquina corresponda à forma que pretende governar.”
A conferência é uma colaboração entre os centros de estudos brasileiros de quatro instituições acadêmicas dos Estados Unidos (Columbia University, Harvard University, University of Illinois Urbana-Champaign e Stanford University), cujo objetivo é estimular diálogo sobre questões do desenho e implementação de políticas públicas para endereçar desafios sociais. Entre os temas desta edição, estão educação, segurança pública e inclusão.