Um novo espaço destinado ao acompanhamento terapêutico de crianças autistas foi inaugurado nesta quarta-feira (25), no Instituto Maranatha, em Canoas. O ambiente foi projetado com base na ciência ABA (Análise do Comportamento Aplicada), proporcionando maior liberdade de circulação pelas áreas da clínica, o que, segundo os especialistas, contribui para melhores resultados no desenvolvimento das crianças.
De acordo com a CEO do Instituto Maranatha, Nara Effel, o objetivo é criar um ambiente o mais natural possível. “Nosso foco é proporcionar um ambiente onde as crianças tenham liberdade para circular pela clínica, transitando entre diferentes salas e participando de atividades diversas. Essa liberdade é fundamental para que se sintam à vontade e engajadas nas terapias”, explica Nara.
O novo espaço inclui áreas variadas que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade que algumas crianças autistas podem sentir em ambientes confinados. A livre circulação entre os diferentes espaços também oferece estímulos sensoriais visuais, auditivos e táteis, promovendo o desenvolvimento cognitivo e sensorial das crianças. Entre as atividades oferecidas estão musicoterapia, preparação de receitas culinárias e práticas que desenvolvem habilidades como comer sozinho e beber no copo.
A abordagem do Instituto Maranatha é baseada na ABA, método reconhecido cientificamente para o acompanhamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As terapias, que podem durar de três a cinco horas e ocorrem até cinco vezes por semana, são planejadas para atender individualmente e em grupo, promovendo a socialização e o desenvolvimento de habilidades comportamentais. As famílias também são capacitadas para dar continuidade às práticas em casa e em outros ambientes sociais, como escolas e parques.
O Instituto Maranatha acredita que um ambiente adaptado e uma abordagem integrativa são cruciais para melhorar a qualidade de vida das crianças com TEA, proporcionando-lhes não apenas habilidades práticas, mas também maior independência e bem-estar emocional”, conclui Nara Effel.