A CRVR anunciou nesta quarta-feira (9) a construção de uma nova planta de biometano em sua unidade de São Leopoldo. O investimento, que soma R$ 230 milhões, faz parte do projeto da empresa de ampliar a produção de energia renovável a partir de resíduos sólidos. O anúncio foi feito durante evento no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB).
Esta será a segunda planta de biometano da CRVR no Rio Grande do Sul, sendo que a primeira, em Minas do Leão, já está em fase avançada de construção e deve ser inaugurada no primeiro semestre de 2024. Ambas as unidades, juntas, terão capacidade para produzir cerca de 100 mil metros cúbicos de gás por dia, o equivalente a 16,5 mil botijões de gás de cozinha de 13 kg.
O diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, destacou a relevância do projeto para a transição energética no estado. “A energia renovável é um tema de extrema relevância para o desenvolvimento sustentável das nossas sociedades”, afirmou Girondi, que ressaltou ainda a importância de buscar soluções limpas para enfrentar os desafios climáticos atuais.
O governador Leite, por sua vez, salientou o papel do estado em atrair investimentos que contribuam para o desenvolvimento econômico e para a transição energética. “Projetos como esse representam novas oportunidades, sobretudo nessa área de energias renováveis”, pontuou o chefe do executivo gaúcho.
O biometano é produzido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição de resíduos orgânicos nos aterros sanitários. Com características semelhantes ao gás natural, o biometano pode ser utilizado como combustível para veículos, geração de energia, aquecimento e processos industriais.
A CRVR, única empresa no estado a utilizar essa tecnologia, já opera cinco termelétricas que geram energia elétrica a partir do biogás dos aterros sanitários. A nova planta de biometano é um avanço na valorização dos resíduos e faz parte da estratégia da empresa de ampliar o uso do biogás para além da geração de eletricidade.
Atualmente, a CRVR possui sete unidades no Rio Grande do Sul e atende cerca de 8,5 milhões de pessoas com serviços de destinação final e valorização de resíduos.