A Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo realizou, nesta quarta-feira (18), uma homenagem pelos 25 anos do Atelier Janaína Artes. A artista plástica e professora Janaína Alves recebeu um quadro comemorativo durante a sessão, em reconhecimento à sua trajetória e à contribuição do atelier para o desenvolvimento cultural do município. A celebração também inclui uma exposição coletiva no Espaço Cultural Albano Hartz, no Calçadão Osvaldo Cruz, que segue aberta até o dia 4 de julho.
A mostra reúne obras de 16 alunos do atelier, produzidas em diferentes técnicas de desenho e pintura, refletindo o desenvolvimento artístico de cada participante ao longo dos anos.
Homenagem na Câmara
O vereador Felipe Kuhn Braun (PSDB), autor da proposta de homenagem, destacou que o atelier do bairro Pátria Nova representa um espaço de inspiração para a cidade. “A história de Janaína é um testemunho de perseverança e amor à arte. Autodidata aos 13 anos, ela demonstrou desde cedo um talento inato e a sensibilidade artística que a diferenciaria”, afirmou o parlamentar.
Os vereadores Juliano Souto (PL) e Professora Luciana Martins (PT) também manifestaram apoio, ressaltando os desafios de manter um espaço artístico no país e a importância da valorização da arte local. “Sabemos como é difícil ser artista no nosso país; os desafios de manter um estúdio aberto, vender sua produção e ser reconhecido. Mas a arte é fundamental na nossa vida. Que possamos lutar por ela”, pontuou Luciana.
Artista defende valorização da cultura local
Ao agradecer pela homenagem, Janaína exibiu um vídeo sobre a trajetória do atelier e reforçou os desafios de atuar no setor cultural. “Trabalhar com arte aqui em Novo Hamburgo é extremamente difícil. É uma luta diária”, ressaltou a artista.
Janaína também destacou ter um quadro exposto em um museu na cidade de Báguena, na Espanha, e questionou a falta de reconhecimento local. “Às vezes temos que buscar reconhecimento em outros lugares. Temos tantos artistas fervilhando pelos bairros da cidade. Por que eles precisam sair para serem reconhecidos? A arte é plural e tem que ser para todos. Precisamos movimentar os nossos espaços. Vamos olhar para Novo Hamburgo como a potência cultural que já fomos”, ponderou a homenageada.

