Cerca de 150 animais silvestres foram resgatados em Novo Hamburgo nos últimos 12 meses, segundo a Diretoria de Proteção Animal (DPA) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMMADU). Os atendimentos envolveram situações de confinamento ilegal, abandono ou entrada dos animais em áreas urbanas. Somente em 2025, já foram mais de 60 ocorrências.
De acordo com o biólogo da DPA, Carlos Normann, os animais resgatados são encontrados em diferentes circunstâncias. “Alguns caem de ninhos, são deixados pelos pais, atropelados ou colidem com edificações, como gaviões e falcões”, explica Normann. Os casos mais frequentes envolvem aves, tartarugas e gambás.
A DPA aponta que, com a expansão urbana, aumentam os episódios de fauna silvestre acessando terrenos e residências. Desta forma, tem sido cada vez mais comum a construção de ninhos de pássaros em prédios e postes, a presença de gambás em forros e lixeiras, e o aparecimento de ouriços, corujas, falcões e capivaras nas proximidades das casas.
Cuidados e orientações
O biólogo alerta para os riscos ao tentar lidar com os animais por conta própria. “É importante lembrar que os animais não estão habituados à convivência com humanos, podendo reagir de maneira inesperada”, afirma Normann. Quando for possível fazer a captura sem causar ferimentos, a orientação é encaminhar o animal à sede da DPA, localizada no Parcão. Caso contrário, a recomendação é acionar a equipe de Proteção Ambiental.
Normann ainda orienta que o transporte dos animais, principalmente filhotes de aves, deve ser feito de forma segura, protegida e aquecida. Em casos de lesões, os animais são tratados e depois reintegrados ao ambiente natural.
Denúncias de cativeiro ilegal
A DPA também atende denúncias de fauna silvestre mantida ilegalmente. Durante os dias úteis, os relatos podem ser feitos pelo telefone (51) 3097-1990. De quinta a domingo, à noite e nos fins de semana, o contato deve ser pelo número (51) 99645-7266.
Segundo a legislação, a multa para quem mantém um animal silvestre em cativeiro é de R$ 500 por exemplar, valor que pode ser multiplicado por dez em caso de espécies ameaçadas de extinção, como o papagaio-charão, conforme a Lei 9.605/1998 e o Decreto Federal 6.514/2008. Agentes municipais são enviados ao local denunciado, notificam os responsáveis e recolhem os animais.




