A eleição para a nova diretoria da Federação Gaúcha de Eisstocksport (FGDE) ocorre neste sábado, 23 de novembro, às 17h, na Associação Esportiva Alt Pikade, em Santa Cruz do Sul. O atual presidente, Sérgio Luiz Böhm, se despede do cargo após quase dez anos liderando a entidade e trabalhando pela expansão do esporte no Brasil e no cenário internacional.
Böhm assumiu a presidência da federação em 2015, após o falecimento de Renê Emmel, fundador do eisstocksport no Brasil. “Assumi o desafio de dar continuidade ao legado deixado por Renê. Foi um trabalho que só foi possível com o apoio da diretoria e dos atletas”, afirmou Böhm. Durante sua gestão, o esporte ganhou maior visibilidade e envolvimento de jovens, que passaram a integrar os clubes onde a modalidade é praticada, como o Centro Cultural 25 de Julho e as associações esportivas Alt Pikade, 15 de Agosto e Pareci Novo, além do Centro de Cultura Alemã, em Lajeado.
Conquistas internacionais
Entre as principais conquistas alcançadas durante sua gestão, Böhm destacou o vice-campeonato mundial em Innsbruck, na Áustria, em 2014, com o time brasileiro formado por Sérgio Böhm, Samuel Böhm, Eduardo Schuster, Luís Eduardo Kaufmann e o técnico Milton Bressler. Ele também lembrou o 7º lugar de Márcia Reis no Mundial de 2018, também na Áustria, e o 4º lugar da equipe masculina no mesmo torneio.
Outro feito relevante foi o terceiro lugar no Campeonato Mundial Sub-23 de Eisstocksport, realizado em 2020 na Alemanha, com a equipe brasileira composta por Igor Simianer, Laura Pretzel, Luís Eduardo Kaufmann, Ana Carolina Weber e Sofia Gassen. Em 2022, na Itália, Luís Eduardo Kaufmann e Laura Pretzel ficaram entre os 12 melhores do mundo na categoria individual Sub-23, e a equipe mista alcançou a 4ª colocação. “Esses resultados são ainda mais significativos porque treinamos em condições adversas, sem pistas de gelo no Brasil, o que nos obriga a nos adaptar quando competimos na Europa”, ressaltou Böhm.
Desafios e planos futuros
Apesar das conquistas, Böhm destacou que um dos objetivos que não conseguiu alcançar foi ver o eisstocksport ser incluído nos Jogos Olímpicos, um processo que ainda depende de trâmites burocráticos. “Se o esporte se tornar olímpico, teremos acesso a mais recursos, tanto do Comitê Olímpico Brasileiro quanto de outros fundos, o que permitiria melhorar a infraestrutura e reduzir a dependência do financiamento pelos próprios atletas”, afirmou o atual presidente.
Com a despedida da presidência, Böhm planeja intensificar seus treinamentos como atleta para continuar representando o Brasil em competições nacionais e internacionais. “Ainda tenho muitos desafios pessoais no esporte e quero seguir contribuindo de outras formas para o crescimento do eisstocksport”, concluiu.