A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece) de Taquara ampliou em 2022 o Projeto Gama – Grupos de Aprendizagem por Metodologias Ativas para correção do fluxo escolar. A iniciativa criada no ano passado busca corrigir a distorção da idade dos estudantes do Ensino Fundamental com relação ao ano escolar. A partir do início deste ano letivo, o Gama passou a ser realizado em nove turmas de oito escolas municipais, atendendo mais de 200 alunos.
Foram muitos trabalhos concretos para que esses jovens pudessem aprender na prática, em situações que eles pudessem usar seus conhecimentos na resolução de tarefas do cotidiano”.
A estrutura educacional do Gama rompe com as metodologias de ensino tradicionais, através de atividades que abrangem múltiplas disciplinas. “Desde que implementamos o projeto, os alunos atendidos realizaram diversas atividades diferenciadas, como pesquisas sobre situações problemáticas e saídas de estudos. Foram muitos trabalhos concretos para que esses jovens pudessem aprender na prática, em situações que eles pudessem usar seus conhecimentos na resolução de tarefas do cotidiano”, explica a secretária de Educação, Cultura e Esporte, Carla Silveira.
O Gama é coordenado pela professora Taís Martins. Em seu primeiro ano, a iniciativa atendeu cerca de 60 estudantes das escolas Rosa Elsa Mertins, do Bairro Santa Maria; João Martins Nunes, no Bairro Medianeira; e Theóphilo Sauer, no Bairro Petrópolis. Para 2022, além das escolas João Martins Nunes e Theóphilo Sauer (esta, com duas turmas), o projeto foi implementado nas escolas Getúlio Vargas, no Bairro Eldorado; Lauro Müller, no Bairro Cruzeiro do Sul; Calisto Eolálio Letti, no Bairro Fogão Gaúcho; Emílio Leichtveis, no Distrito de Fazenda Fialho; Júlio Maurer, no Distrito de Padilha; e Zeferino Vicente Neves Filho, no Distrito de Pega Fogo.
Importância do projeto
Carla ressalta que, em 2021, o Projeto Gama contribuiu com a melhora no desempenho educacional dos alunos participantes. “Inclusive, tivemos estudantes que conseguiram ser aprovados no Cimol, ingressando no Ensino Médio através de um processo seletivo bastante concorrido. Percebemos também a melhora na autoestima dos participantes, pois muitos estavam há bastante tempo sem estudar. Conseguimos corrigir a distorção e melhoramos a aprendizagem deles”, destaca.
É muito gratificante ver o empenho realizado pela Administração Municipal na correção da distorção escolar de nossos estudantes”.
Ao acompanhar os resultados do primeiro ano do Projeto Gama, a prefeita de Taquara, Sirlei Silveira, reconheceu a importância da iniciativa para a melhoria da Educação do município. “Sou professora de formação e sou prefeita. Para mim, é muito gratificante ver o empenho realizado pela Administração Municipal na correção da distorção escolar de nossos estudantes. Seguiremos desenvolvendo projetos para tornar a nossa cidade um exemplo a ser seguido no âmbito do ensino público”, frisa.
Alunos aprovam a metodologia do Gama
Uma das instituições de ensino do Município que têm alunos do Gama é o Colégio Municipal Theóphilo Sauer, no Bairro Petrópolis, que conta com duas turmas, possuindo a mesma didática que as demais turmas do projeto. Na manhã desta segunda-feira (14), os estudantes aprenderam na prática como é a formação das moléculas de DNA através de um trabalho prático, no qual eles montaram as combinações genéticas usando balas de goma como exemplo.
O estudante Nicolas Roos, de 16 anos, é um dos alunos da iniciativa. Ele destaca que conseguiu compreender melhor os conteúdos das aulas desde que passou a integrar o Gama neste ano. “Na pandemia, tive muita dificuldade de aprender nas aulas à distância. Agora tem sido bem melhor para mim, pois consigo entender o conteúdo, e tem a professora aqui junto sempre que a gente precisa. Além disso, consigo interagir melhor com os meus colegas”, conta, reforçando que pretende cursar o ensino médio para concluir os seus estudos.
A aluna Kemily Lima, de 14 anos, também gosta do conteúdo das aulas do Projeto Gama. “Aprendi conteúdos que nunca tinha visto nas outras séries em que estudei. Gosto muito das experiências práticas, pois nos ajudam a oferecer uma melhor compreensão. Pretendo completar os estudos para ingressar em breve no mercado de trabalho”, destaca.