A Secretaria Municipal da Saúde (Semsad) de São Leopoldo, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, iniciou um novo ciclo do Programa Saúde na Escola (PSE) no município. Com um aumento de 155% no número de escolas participantes, a iniciativa agora abrange sete escolas estaduais, 49 escolas municipais e cinco escolas de educação infantil conveniadas.
Uma das primeiras ações do novo ciclo ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Gusmão Britto, onde estudantes do nono ano participaram de um cine-debate entre os dias 13 e 21 de março. A atividade contou com a presença da coordenadora municipal do PSE pela Semsad, a nutricionista Camila Hofmann, da psicóloga Fabiana Morales Farias, do guarda civil municipal Gomes e da conselheira tutelar Loreni Goes.
Os alunos assistiram ao documentário “O Silêncio dos Homens”, que aborda os impactos da masculinidade tóxica e a influência da construção social na forma como os meninos expressam suas emoções. Após a exibição, houve uma roda de conversa para discussão do tema. O guarda municipal Gomes incentivou os participantes a falarem sobre sentimentos. “Não podemos deixar todos os nossos sentimentos trancados. Conversar sobre o que incomoda com os amigos e a família deve ser algo natural”, afirmou o agente.
A coordenadora Camila Hofmann destacou que o programa fortalece a relação entre escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “O programa também aproxima a escola da UBS e, consequentemente, fortalece o vínculo da comunidade com a rede de saúde. Isso permite a identificação de casos que necessitam de acompanhamento e garante suporte em situações mais graves”, explicou Camila.
Objetivos e temas do programa
Criado pelo Governo Federal em 2007 e implementado em São Leopoldo em 2010, o PSE promove ações de prevenção e cuidado com a saúde dentro das escolas em parceria com as UBSs. No ciclo 2025/2026, serão abordados 14 temas, com destaque para alimentação saudável e prevenção da obesidade, cultura de paz e direitos humanos, verificação da situação vacinal, saúde sexual e reprodutiva e saúde mental.
As atividades incluem dinâmicas com estudantes, professores e famílias, respeitando as necessidades específicas de cada escola. As instituições também podem buscar apoio de outras secretarias ou parceiros, como universidades, para ampliar as discussões sobre os temas abordados.