RS é o estado que mais avança no Mercado Livre de Energia

Por Gabrielle Pacheco

Com um crescimento de 9 pontos percentuais no acumulado de 2020, o Rio Grande do Sul lidera o avanço do mercado livre no Brasil até agora neste ano. Segundo o Boletim da Energia Livre feito pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), o mercado livre de energia correspondia a 24% do setor de energia do RS em janeiro, passando para 26% em março. O índice foi crescendo no primeiro semestre, chegando a 33% em agosto.

Assim, a Abraceel constatou no país que o livre comércio de energia teve um crescimento médio de 6%. “Tendo em vista que o Brasil ficou parado por cerca de 3 ou 4 meses, o crescimento deste indicador é um sinal muito importante de retomada do consumo e da busca das empresas por alternativas de redução de custos. E nisso o ingresso no mercado livre contribui muito”, diz Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.

Atualmente, para ser um Consumidor Livre – aquele estabelecimento que pode escolher livremente o seu fornecedor de energia – é preciso possuir no mínimo 2.000 kW de demanda contratada por mês, o que abrange basicamente indústrias e shopping centers. Além disso, esse valor será reduzido para 1.500 kW a partir 1º de janeiro de 2021, ampliando ainda mais o público a ser beneficiado com a livre escolha. Em 1º de janeiro de 2022 o requisito mínimo cairá para 1.000 kW e por fim, 500 kW a partir de 1º de janeiro de 2023. O mercado livre de energia elétrica existe no Brasil desde 1998 e conta com mais de oito mil consumidores no país. Além disso, hoje o Mercado Livre representa em torno de 33% de toda a energia comercializada em território nacional e 86% da energia consumida pela indústria.

Sobre a Abraceel

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) defende o direito da livre escolha do fornecedor de energia elétrica, a chamada portabilidade da conta de luz, e de gás natural pelos consumidores. Fundada no ano 2000, a entidade atualmente conta com 96 empresas associadas, que comercializam 85% do volume de energia elétrica do segmento. Além disso, tem a finalidade de atuar junto à sociedade em geral, formadores de opinião, órgãos de governo, incentivando a livre competição de mercado como instrumento de eficiência nas áreas de energia elétrica e gás natural.

Nos últimos 16 anos, os consumidores do mercado livre de energia elétrica economizaram mais de 200 bilhões de reais nas contas de eletricidade. Assim, os preços da energia no Mercado Livre foram em torno de 29% inferiores às tarifas reguladas das distribuidoras no mesmo período. Atualmente esse mercado representa 33% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende a cerca de vinte mil unidades de consumidores livres e especiais, que estão entre os maiores do país.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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