Retomados encontros do segundo Grupo Reflexivo na luta contra violência às mulheres

Por Jonathan da Silva

Foram retomados na quinta-feira (25) os encontros do segundo grupo de encontros do Grupo Reflexivo de Gênero, projeto pioneiro na cidade de Dois Irmãos que visa abordar a questão da violência contra a mulher de forma consciente. O terceiro encontro, de um total de seis, contou com participações presenciais e virtuais.

Os encontros são fruto de uma parceria entre a Administração Municipal, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, a Coordenadoria da Mulher, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), Poder Judiciário e Promotoria Pública, com objetivo central de reduzir a reincidência nos casos de violência doméstica por meio de encontros reflexivos com homens que praticaram tais atos.

O terceiro encontro, de um total de seis, que iniciou em novembro, contou com a presença da assistente social e coordenadora dos grupos, Silvia Cristina Ferreira Maciel, o juiz da Comarca de Dois Irmãos, Miguel Carpi Nejar, a coordenadora da Coordenadoria da Mulher, Claudete Fritzen, o sargento da Brigada Militar, Josiel Neves, além da presença, de forma online, direto do México, de Paulo Barboza, Coronel Wofe Seares e comandante da polícia de fronteira no México.

O coronel, que é brasileiro, falou sobre a criminalidade em Tijuana, no México, além de destacar o machismo existente, destacando que no México não há nada semelhante à Lei Maria da Penha, e que em média 35 pessoas são mortas por armas de fogo por dia, muitas delas mulheres. Paulo apresentou a conexão das situações de violência doméstica no México com o uso de drogas lícitas ou ilícitas, situação semelhante em Dois Irmãos, segundo o sargento Neves, que lembrou que na maioria dos casos de violência doméstica atendidos no município, os homens denunciados estavam sob o efeito de drogas lícitas ou ilícitas.

O Grupo Reflexivo de Gênero consiste em seis encontros que buscam sensibilizar os participantes sobre a não violência. Durante as reuniões, profissionais de diferentes áreas são convidados para contribuir com o grupo, promovendo diálogo e esclarecimentos, proporcionando um ambiente propício para o compartilhamento de experiências.

O projeto funciona de forma integrada com a Lei Maria da Penha. Após a vítima de violência registrar ocorrência e solicitar medida protetiva, o agressor é intimado judicialmente, sendo obrigado a respeitar a distância e a participação nos encontros dos grupos reflexivos. A ausência do homem intimado em dois encontros configura o descumprimento da medida protetiva.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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