Região Sul teme fraudes e vê crimes de violação dos dados pessoais crescerem

Por Milena Costa

Essas são algumas das revelações da 7ª edição do Observatório Febraban- pesquisa Febraban-Ipespe, a maior e mais abrangente pesquisa realizada no país sobre a visão da sociedade sobre a segurança de dados no Brasil e os crimes envolvendo violação de informações pessoais. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 a 25 de junho, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, sendo 15% dos entrevistados na região Sul.

Segundo o levantamento, 86% das pessoas na região possuem medo de fraudes e violações de seus dados pessoais. A média é equivalente ao sentimento do país como um todo, onde a grande maioria dos entrevistados afirma ter muito medo (53%) ou algum medo (33%) de ser vítima de fraudes ou violações dos seus dados pessoais.

O recebimento de mensagem ou ligação telefônica com solicitações fraudulentas de dados pessoais ou bancários foi citado por 46% das pessoas como uma situação de golpe mais frequente; mensagens para a realização de depósitos e transferências de dinheiro foram lembradas por 36% dos entrevistados.

Como medidas de prevenção a fraudes, foram citadas o uso de senhas fortes (62%) e biometria (36%). Entre os entrevistados, 74% admitiram que aceitam cookies em sites, sempre ou eventualmente. A maioria dos entrevistados na região (73%) confia nas empresas e instituições para manter suas informações seguras. Os bancos são os mais confiáveis (69%), à frente do varejo (64%) e das fintechs (56%), sendo citados por 49% dos entrevistados como a instituição que mais tem investido na segurança de dados pessoais.

“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão”

“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas”, diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que ressalta: “Um bom indicador da pesquisa é que o brasileiro está atento, sobretudo quanto o uso que as empresas privadas fazem dos seus dados pessoais”.

Segundo dados da Febraban no primeiro bimestre de 2021 os ataques de phishing, a chamada pescaria digital, cresceu 100% em relação ao ano passado, enquanto os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior, de 340%.

O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, destaca como resultado animador da pesquisa a constatação de que, apesar do medo e da preocupação preponderantes em relação à segurança de dados no país, a grande maioria dos brasileiros confia nas empresas e instituições com que transacionam, no que tange à proteção de suas informações pessoais e reconhecem os investimentos feitos no intuito de aumentar a segurança.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria

 

 

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