Quatro em cada dez brasileiros adultos estavam negativados em maio de 2022

Por Ester Ellwanger

A retomada econômica do país, após longo período impactado pela pandemia, tem gerado um desequilíbrio preocupante nas contas pessoais dos consumidores. Ou seja, muita gente está gastando mais do que poderia. Aproximadamente 62,37 milhões de consumidores Pessoa Física estão inadimplentes. O presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner, salienta a importância do consumidor ser ponderado com as contas pessoais.

“O consumidor endividado não é bom para ninguém, uma vez que ele acaba tendo restrição de crédito e deixa de efetuar compras, diminuindo o movimento na economia. Indiretamente, isso pode impactar em menos renda e emprego”, comenta.

Em maio de 2022, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 5,81% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação a abril de 2022, o número aumentou em 0,80%. Na soma de todas as dívidas, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.564,82 para 1,89 empresas credoras, em média. Porém, mais da metade das dívidas (50,32%) é de até R$ 1.000.

Tempo de atraso

O estudo mostra que cresceu o número de negativados com contas em atraso ‘entre 91 dias a 1 ano’ (44,73%), seguido de pessoas com débitos em aberto ‘de até 90 dias’ (10,43%). O atraso médio das contas dos brasileiros é de 2 anos, 2 meses e 24 dias.

Quando avaliado a faixa etária das pessoas inadimplentes, a pesquisa mostra que a maior parte tem entre 30 e 39 anos (24,04%), na sequência aparecem aqueles entre 40 e 49 anos (21,06%). A idade média de um devedor em atraso no Brasil é de 44 anos. Com relação ao sexo, mulheres representam 50,80% dos casos e homens, 49,20%.

Setores

Em maio de 2022, destacou-se a evolução das dívidas com o setor de bancos (20,16%) e água e luz (7,01%). Em outra direção, tiveram uma leve queda as dívidas com o setor credor de comunicação (‐10,11%) e comércio (‐4,70%).

Em termos de participação, a maior parte das dívidas das pessoas físicas negativadas é com os bancos (58,48%), comércio (13,69%), água e luz (11,12%) e comunicação (9,37%).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria

 

Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.