A espiritualidade foi um dos temas desta sexta-feira (4), na 68ª Feira do Livro de Porto Alegre. A presença de Monja Coen foi uma das atrações que fez lotar a Praça Alfândega. Além dela, o dia foi marcado pelas discussões em torno da literatura indígena, com a presença de autores como Daniel Mundukuru, Auritha Tabajara e Olívio Jejupé. A feira segue até o dia 15 de novembro com as suas tradicionais bancas de livros e com uma programação que conta com mais de mil atividades.
“Como viver o presente a partir de princípios zen” foi o tema da conversa com Monja Coen. Em um Teatro Carlos Urbim lotado, ela refletiu sobre a importância de aproveitar os momentos duros para empreendermos mudanças positivas e decisivas em nossas vidas. “Que semente você está regando? Que causas e condições nós criamos com nossas falas, gestos, pensamentos e atitudes?”, questionou durante o encontro.
Ciclo O Autor no Palco
Os autores indígenas marcaram presença no ciclo O Autor no Palco. Daniel Mundukuru abriu os encontros ainda pela manhã falando sobre diversidade. “Aprender a cultura do outro não faz a gente abandonar nossa própria cultura. Pelo contrário, faz a gente valorizar ainda mais quem a gente é”, afirmou o escritor. Durante a tarde o bate papo foi com Auritha Tabajara, conhecida por seus livros de cordel, forma de escrita que escolheu para contar as histórias das origens e tradições de seu povo. “Os povos indígenas têm uma riqueza e uma diversidade muito grande no Brasil.”, disse Auritha.
Olívio Jekupé falou sobre a notória falta de reconhecimento dos brancos em relação aos ensinamentos e tradições indígenas. “Nós somos uma potência”, afirmou, reforçando a ideia de que os saberes indígenas são relevantes em todas as áreas e por isso precisam ser valorizados. Olívio, Auritha e Daniel participaram, ao lado de Jovina Renh Ga, da mesa Planeta Terra chamando!, neste sábado (5), no Teatro Carlos Urbim às 18h.